deni zolin

Fábrica volta a trabalhar com 25% dos funcionários em Nova Esperança do Sul

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Óbvio que a preocupação com salvar vidas é a prioridade, mas o drama econômico também cresce. Em Nova Esperança do Sul, por exemplo, a fábrica de couros Gobba Leather e o restante das empresas ficaram paradas a semana passada inteira, por determinação da prefeitura. Porém, o prefeito Antão Claudio Perufo (PP), após 15 reuniões com vários órgãos públicos, decidiu permitir a volta do comércio e das empresas em geral nesta segunda-feira, sob algumas condições. Nessa decisão, pesaram a grande preocupação com os empregos, já que só a indústria Gobba Leather emprega 860 pessoas que estavam paradas, sendo 700 moradores de Nova Esperança, e o fato de que a cidade ainda não tem nenhum caso suspeito de coronavírus.

- É muito complicada a situação de Nova Esperança do Sul. Essa Gobba Leather emprega 700 funcionários fixos só aqui da cidade. Só a folha de pagamento mensal é de R$ 2,2 milhões, e ela tem contrato milionário de couros com Irlanda, Tailândia e Estados Unidos. Se ela não cumprir esse contrato, tem de pagar indenização milionária, é navio, transporte aéreo, e isso tudo já está contratado. Se ela não cumprir com o dever dela, além da rescisão de contratos, que são milionários, ela vai fechar. Até porque os concorrentes dela são italianos que têm fábricas na China, que não pararam. E depois de perder contratos assim, não é fácil recuperar. Seremos a capital do desemprego. O que se faz num momento desses? - questionou o prefeito, lembrando que mais de metade da população da cidade depende dessa fábrica.

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Com a liberação da prefeitura, nesta segunda-feira o comércio voltou a operar, e a Gobba Leather também, mas só com 210 funcionários que se voluntariaram, segundo o prefeito, para poder cumprir os contratos de exportação de couro.

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