Foto: Gabriela Perufo (Diário)
Desde que o surto de toxoplasmose foi confirmado em Santa Maria, a água que chega pelas torneiras se tornou a grande vilã pública na cidade. Fato é que, até este momento, não há uma confirmação por meio de exames de que a doença é transmitida pela água, que até pode ser uma das fontes de transmissão, mas não a única. Alimentos crus, carnes mal cozidas e fezes de gatos também podem ser fontes de transmissão do protozoário que transmite a toxoplasmose (leia mais abaixo).
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Conforme o coordenador regional da Corsan, José Epstein, até agora não foi feita uma coleta específica para saber se o protozoário que causa a toxoplasmose está presente não água ou não:
_ Fizemos análises de rotina, de hora em hora, na água de Santa Maria para detectar a presença ou não de vários micro organismos e componentes, mas o protozoário da toxoplasmose é tão específico que nem é exigido no protocolo de 200 indicadores do Ministério da Saúde. Por isso, buscamos um laboratório que fizesse essa análise. Só tem um no país, que fica em Londrina e é credenciado e referenciado pela Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul. Estamos agilizando para que essa coleta seja feita até no final de semana e no máximo até segunda-feira _ afirmou Epstein, que não sabe o prazo para o resultado dessa análise da água.
Na semana passada, a Corsan adiantou uma coleta anual que testa 200 indicadores que compõe o protocolo do Ministério da Saúde. Mas nenhum desses indicadores é o protozoário da toxo.
- A gente fez a coleta na semana passada, durante o processo de vistoria de rotina da Vigilância Sanitária, justamente para que a gente possa reforçar a certeza que temos em relação à qualidade da água que é distribuída no município. Em paralelo a isso, a gente está em contato com a Vigilância Estadual e Municipal para que, se houver análises complementares, além dessas que já encaminhamos na semana passada, a Corsan esteja disponível - afirmou o coordenador regional da Corsan, José Epstein.
LIMPEZA EM RESERVATÓRIOS
Epstein afirma que também está sendo feita a desinfecção e a limpeza dos reservatórios da cidade. Na semana passada, ocorreu a inspeção da Vigilância Estadual por dois dias e não foi identificado nenhum tipo de inconformidade dos processos analisados. Ainda de acordo com Epstein, a troca das adutoras, inclusive a concluída no Bairro Camobi, não teria interferência e relação com a distribuição de água.