Brasil se prepara para instalar primeiro laboratório de biossegurança máxima da América Latina

O Ministério da Saúde será responsável por definir as diretrizes para a implantação do primeiro laboratório de máxima segurança biológica da América Latina. As normas serão propostas por um grupo de trabalho formado por representantes de secretarias e órgãos vinculados à pasta. A iniciativa foi estabelecida pela Portaria 1.736/2023, publicada no Diário Oficial da União na última semana.

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Com investimento de R$ 1 bilhão até 2026, oriundo do fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o NB4 deve ser instalado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e com sede em Campinas (SP). 

Cenário

Os laboratórios de biossegurança são estruturados em quatro níveis crescentes, sendo o último o de maior precaução para garantir que um patógeno não contamine pesquisadores ou ultrapasse as barreiras do laboratório. Atualmente, existem cerca de 60 laboratórios de máxima contenção biológica em todo o mundo, mas nenhum na América Latina, segundo informações do MCTI.

Classificada como Laboratório Nível de Biossegurança 4 (NB4), a unidade brasileira será responsável por lidar com agentes infecciosos que representam alto risco à vida humana e ao meio ambiente e que ainda não contam com medidas de prevenção e tratamento específicos, como os vírus Ebola.

– O NB4 vai nos ajudar no aprimoramento técnico e fortalecer a prevenção de doenças graves. Vamos ampliar e muito nossa capacidade de fazer diagnósticos, vacinas e antivirais. Essa ação também vai colocar o Brasil em posição de destaque internacional, pois poderemos ser referência laboratorial para toda a América Latina e até para a África – afirma a secretária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. 

Planejamento

As atividades da comissão serão coordenadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e o grupo contará ainda com representantes das secretarias Executiva (SE); de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (SECTICS); do Instituto Evandro Chagas; do Centro Nacional de Primatas e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A primeira reunião do GT está prevista para ocorrer no dia 27 de novembro. A partir disso, o comitê terá 36 meses para elaborar um relatório final com as recomendações. O plano de trabalho inclui, entre outras ações, a realização de oficinas com especialistas e representantes do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (Sislab).

*com informações do Ministério da Saúde

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