O Ministério Público ingressou na Justiça com um pedido envolvendo o caso da bebê que foi abandonada na porta de uma casa no Bairro Itararé na noite da última segunda-feira. De acordo com o promotor Ricardo Lozza, da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Santa Maria, foi solicitado que a criança seja encaminhada a uma instituição de acolhimento quando ela tiver alta do hospital.Cabe, agora, ao juiz da Vara da Infância ou Juventude concordar ou não com o pedido do MP. Se o pedido for acatado pelo judiciário, a criança poderá ir para o Lar de Miriam ou para uma das células do Aldeias SOS, que são as instituições que acolhem crianças em Santa Maria.
O promotor explica que existem duas possibilidades neste caso: uma delas é que a família da criança seja identificada e a mãe ou outro familiar demonstre interesse em ter a guarda da criança. Se isso acontecer e a família tiver condições de ter a guarda, a criança ficará com a família e seguirá com acompanhamento de assistência social e Conselho Tutelar. Se a família for encontrada e não tiver interesse ou condições de ficar com a criança, ou, ainda, não for localizada, a criança poderá ser adotada.
Na tarde desta quarta-feira, a criança permanecia internada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), para onde foi levada desde que foi encontrada. Ela está na UTI Pediátrica e não corre risco de morte.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil trabalha para identificar a mãe da criança. Nesta quarta-feira, uma testemunha seria ouvida pela delegada Elizabeth Shimomura, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A investigação também faz uma varredura com agentes e instituições de saúde que possam ter atendido gestantes ou parturientes (mulheres que recentemente tiveram bebê) e que possam ajudar no trabalho.