Depoimento de psicóloga e vizinha

O segundo dia de julgamento dos quatro réus da morte de Bernardo Boldrini, na época com 11 anos, chegou ao fim por volta de 18h30min desta terça-feira na cidade de Três Passos. O primeiro depoimento do segundo dia de júri foi de Juçara Marques Petry, vizinha que convivia de perto com a criança. Para esta quarta-feira, quando a sessão chega ao terceiro dia de trabalhos, mais seis testemunhas indicadas pelas defesas ainda serão ouvidas. Depois disso, será a vez do interrogatório dos quatro réus: o pai de Bernardo,  Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, acusados de homicídio quadruplamente qualificado, Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, que responde por homicídio triplamente qualificado, e o irmão dela, Evandro Wirganovicz, por homicídio duplamente qualificado. Os quatro ainda são acusados por ocultação de cadáver e Boldrini por falsidade ideológica. O interrogatório dos réus poderá começar nesta quarta ou na quinta-feira. 

RELAÇÃO DO MENINO COM O PAI E A MADRASTA 
O depoimento da terceira testemunha arrolada pelo Ministério Público (MP), Juçara Petry, era um dos mais aguardados. Ela, que era chamada carinhosamente de "tia Ju" era considerada a figura materna dele e era homenageada por Bernardo no Dia das Mães. O menino costumava ficar muito tempo na casa dela que definiu o menino como um menino "franzino, meigo, honesto e uma pessoa do bem".  

-Uma vez, cobrei que ele tinha errado a tabuada do três. Aí confessou que tinha errado de propósito porque senão o tio Carlinhos não ia mais ensinar ele. Isso doeu muito - contou, chorando, a testemunha. 

As oitivas seguem durante a tarde, a partir das 13 horas. O MP, autor da ação, ainda ouvirá mais duas testemunhas. A defesa de Leandro Boldrini arrolou 10 testemunhas. Graciele Ugulini, Edelvânia e Evandro Wirganovicz abriram mão de testemunhas. O Júri acontece no Salão do Júri da Comarca de Três Passos e é presidido pela Juíza de Direito Sucilene Engler.

No depoimento de Juçara foi exposto problemas de convivência que Bernardo tinha com a madrasta e o pai. Entre os episódios contados por ela, disse que em uma ocasião, quando o pai de Bernardo estava no hospital após uma queda de motocicleta, ele ficou 15 dias fora de casa e nesse tempo não foi procurado pela madrasta. Juçara relatou que organizou comemoração de aniversário, crisma e no último ano de vida dele, era ela quem comprou o material escolar para Bernardo: 

-A gente dizia para ele, tu está há três dias aqui, tu tens que gostar da tua casa. Ele só dizia que odiava a casa dele. 

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