Foto: Arquivo Pessoal (Divulgação)
Seis anos após a morte de Tainara da Silva de Aquino, que tinha 25 anos na época, o réu Jonas José Leite Ribeiro será julgado por feminicídio pelo Tribunal do Júri na sexta-feira (29), em Santa Maria. O crime ocorreu no dia 9 de maio de 2019, na casa da vítima, no Alto da Boa Vista, no Bairro Nova Santa Marta, região oeste de Santa Maria.
Segundo a investigação da Polícia Civil, Tainara foi morta com um tiro à queima-roupa na cabeça. No dia do crime, os dois filhos do casal — um menino de 2 anos e uma bebê de 8 meses – estavam na residência.
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Desde a morte da filha, Marlene, mãe de Tainara, passou a cuidar das crianças. Para ela, o dia do julgamento representa a possibilidade de encerrar um ciclo de dor e buscar justiça.
— Eu virei avó e mãe. São meus netos, mas agora também são meus filhos. Tem sido uma luta viver sem a presença dela. Após tanto tempo e agora com a confirmação do júri, eu espero que a Justiça seja feita — disse, emocionada.
O advogado de acusação, Tiago Sousa, afirma que as provas reunidas no processo são suficientes para a condenação.
- A acusação está confiante de que, no julgamento, as provas reunidas no processo serão analisadas com rigor e levarão à responsabilização do réu. O conjunto probatório demonstra de forma clara a prática do crime e o prejuízo causado à vítima e aos seus familiares. Nosso compromisso é buscar a justiça e garantir que os atos praticados não fiquem impunes - diz o advogado de acusação que se manifestou por meio de nota.
Histórico do acusado
De acordo com a Polícia Civil, Ribeiro tem antecedentes por tentativa de homicídio, roubo e posse de arma de fogo, além de histórico de atos infracionais na adolescência. Ele e Tainara mantinham relacionamento desde 2013. Em 2015, a vítima registrou contra ele uma ocorrência por lesão corporal.
Dias antes do crime, segundo familiares e confirmado pela investigação, o casal havia discutido, e Tainara pediu que o companheiro deixasse a residência.
O que diz a defesa
O réu Jonas Ribeiro é representado pelo advogado Pedro Barcellos. O defensor disse à reportagem que a expectativa com o julgamento é pela absolvição do cliente.
Relembre o caso
O crime aconteceu na madrugada de 9 de maio de 2019. Conforme o laudo de necropsia, Tainara foi atingida por um disparo à queima-roupa. Os filhos pequenos do casal estavam dentro de casa e presenciaram a ação.

Após o homicídio, o acusado fugiu e passou a ser procurado pela polícia. Ele foi localizado e preso no dia seguinte, 10 de maio. Desde então, permanece preso aguardando julgamento.