Foto: Mateus Ferreira (Diário)
A Associação Santa-Mariense de Cannabis Medicinal (Ascamed) reagiu com "revolta" à segunda fase da Operação Desvio Verde, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (31), em Santa Maria e Caçapava do Sul. Em nota, a entidade afirmou que a ação "obstaculiza o direito à saúde" e a comparou a uma "política de guerra às drogas, sem considerar que atuamos na saúde de mais de mil pacientes".
A operação da PF, que cumpriu dois mandados de busca e apreensão, resultou na apreensão de medicamentos, plantas e extratos, mas não houve prisões, segundo a defesa da associação.
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O que diz a Ascamed
O advogado da entidade, Lucas Mota Ramos, afirmou que o grupo recebeu a notícia como um "baque" para os associados e pacientes.
– Nossa luta é para exercer o direito à saúde, e ele está sendo obstaculizado cada vez mais – declarou Ramos.
A defesa informou que pretende buscar amparo jurídico por meio de habeas corpus para garantir maior segurança à atuação da associação, que, segundo a diretora social Júlia Silverter, seguirá com suas atividades.
– Assim como na primeira operação, vamos seguir trabalhando e nos reerguer. Não vamos parar – afirmou.
Júlia explicou que a entidade atua desde 2023 com a produção de óleos medicinais e que mantém uma parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que realiza análises para garantir a qualidade dos produtos.
– Nosso trabalho é técnico e voltado à saúde. Participamos do Conselho Municipal de Saúde de Santa Maria e buscamos sempre assegurar o acesso de pacientes aos medicamentos – completou.
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