justiça

Após 13 anos, mandante e executor são condenados por morte de advogado e pecuarista

Thays Ceretta

Foto: Fernando Ramos (Arquivo/Diário)
Entrada da fazenda onde o pecuarista foi assassinado

Depois de 13 anos, a investigação da morte de Antônio Carlos Abascal Munhós, à época com 51 anos de idade, teve um desfecho. Foi realizado ontem, no Tribunal do Júri de Cachoeira do Sul, o julgamento dos réus do caso que chocou a cidade de Lavras do Sul, em 2006. O homem foi morto a tiros na porteira de sua propriedade, a Fazenda Mantiqueira, no dia 10 de outubro daquele ano. O júri foi realizado em Cachoeira do Sul e durou cerca de 11 horas. Os jurados condenaram Guilherme Thomas Alegre de Freitas e Álvaro Joal Abascal pelo crime. Nenhum dos réus estava presente na audiência. 

AS PENAS
Guilherme, que já estava preso por outros crimes, foi condenado por homicídio qualificado por promessa de recompensa e dissimulação. Ele já havia confessado a autoria do crime anteriormente e, por isso, a pena foi reduzida. A pena foi estipulada em 14 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado. O advogado dele, Bruno Seligman de Menezes, disse que irá recorrer da decisão.

- Consideramos a pena excessiva. Iremos recorrer, mas acatamos a soberania do Tribunal do Júri - relatou.

Já Álvaro, que respondia em liberdade pela acusação, foi condenado por homicídio qualificado por promessa de recompensa, motivo torpe e dissimulação. O juiz determinou que a pena ficasse em 16 anos e 3 meses de prisão em regime fechado. Entretanto, o réu terá o direito de recorrer da decisão em liberdade. 

O CRIME
A vítima, conhecida como Tunico, foi atraída por Guilherme, que havia  marcado um encontro para olhar terras. Quando os dois estavam na fazenda, Guilherme disparou contra o pecuarista à queima roupa. Segundo a investigação, o motivo do crime estaria ligado a uma antiga desavença na família, e a intenção era matar a esposa e a filha da vítima.

O suposto mandante do crime teria sido, conforme a denúncia, o primo da vítima, Álvaro Joal Abascal, que estaria descontente com a atuação de Tunico, que era pecuarista e advogado. Antônio Carlos teria se negado a adulterar o resultado de exames de DNA, que apontavam que o primo teria outros dois irmãos.

A família acompanhou o caso, que tem 28 volumes, de perto e considerou que a condenação já era esperada, mas a pena teria sido branda. Conforme os parentes de Antônio Carlos que preferiam não se identificar, a revolta é que não foi pedida a prisão do Álvaro. 

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