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Amigos pedem justiça e homenageiam transexuais assassinadas

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Foto: Leandra Cruber (Arquivo Pessoal)

A tarde deste sábado foi emoção para amigos de Carolline Dias e Nemer da Silva Rodrigues, conhecida como Mana, duas transexuais mortas há uma semana em Santa Maria. Na Praça Saldanha Marinho, os amigos se reuniram para prestar uma homenagem em memória das duas. 

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Além das homenagens e da solidariedade, quem estava ali comentava sobre um desejo comum dos amigos das transexuais: justiça. A polícia já tem suspeitos para os dois crimes, e, na sexta-feira, prendeu preventivamente dois acusados de assassinar Mana. Neste sábado, o acusado de matar Carolline foi preso

Na praça, além da confecção de cartazes, ocorreu uma roda de conversa com a temática LGBTQI+ e o crescente índice de morte de mulheres. Nas falas, os amigos abordaram as dificuldades da vida na rua e a falta de opção de trabalho que, segundo eles, acaba levando mulheres transexuais à prostituição.

- Ver duas amigas mortas no mesmo dia chocou muito a todos nós. E os números de mortes de transexuais são apavorantes. O discurso de ódio é muito presente. Elas tinham uma vida muito difícil, todas nós temos. Nenhuma mulher merece isso que aconteceu com elas - destaca Marquita Quevedo, militante e fundadora da ONG Igualdade e uma das organizadoras da mobilização.

Em seguida, em vez de ir até a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), como era previsto, o grupo deu voltas pela praça e pelo Calçadão pedindo por justiça. 

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Foto: Cassiano Cavalheiro (Diário)

OS CASOS

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">O primeiro caso aconteceu por volta das 5h30min do sábado, dia 7 de setembro, na esquina das avenidas Presidente Vargas e Borges de Medeiros, na área central de Santa Maria. A vítima foi uma jovem transexual de 27 anos, identificada como Carolline Dias (foto ao lado). Ela foi alvejada por um disparo de arma de fogo nas costas.

Neste sábado, a polícia prendeu o suspeito de matar Carolline. De acordo com o delegado Gabriel Zanella, as investigações apontam que o homicídio foi precedido de uma de tratativa de programa sexual e tentativa de estupro. A vítima resistiu ao estupro, desvencilhou-se do agressor e iniciou a fuga a pé, até ser atingida com um tiro nas costas. O suspeito já havia sido preso por roubo, mas ganhou liberdade provisória um dia antes do crime. 

Carolline morava em Três Lagoas (MS) e veio para Santa Maria passar uma temporada. Ela foi sepultada na cidade natal.

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">O outro assassinato aconteceu na noite do mesmo sábado, por volta das 22h, Nemer da Silva Rodrigues, a Mana (foto ao lado), foi assassinada a facadas nas imediações do Ginásio Oreco, na Cohab Tancredo Neves. Segundo o delegado Zanella, a trans foi atingida por 13 facadas.  

Na sexta-feira, dois suspeitos de assassinar Mana foram presos. Conforme a investigação, os dois discutiram com a vítima em razão de ela ter solicitado que um deles devolvesse um capacete que ela teria emprestado. Depois da discussão, mudaram de comportamento de forma repentina e convidaram a vítima para caminhar nas imediações do Ginásio Oreco e na sequência cometeram o assassinato com golpes de faca. A Polícia Civil acredita que as armas estavam escondidas sob a roupa dos suspeitos. 

Conforme Zanella, não há relação entre os dois assassinatos. 

*Colaborou Janaína Wille

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