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VÍDEO: número de acidentes graves em rodovias da região caiu 39% em período de isolamento

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A recomendação mais repetida a partir do momento em que os primeiros casos de coronavírus apareceram no Rio Grande do Sul foi para ficar em casa. Desde 21 de março, Santa Maria está no mapa de confirmações da Covid-19. Se a circulação de pessoas nas ruas da cidade diminuiu, nas rodovias da Região Central, o efeito foi semelhante. Em comparação entre março de 2019 e março de 2020, o número de acidentes graves teve queda de 39% - na soma de rodovias estaduais e federais. A quantidade de mortes para o mesmo período, contudo, aumentou. 

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Os dados têm como base um levantamento feito junto ao Batalhão Rodoviário da Brigada Militar e à Polícia Rodoviária Federal (PRF). O total de acidentes graves, somando as duas instituições, foi de 21, em março de 2019, e 13, no mesmo período de 2020. Ainda levando em conta as estradas estaduais e federais, as mortes subiram de uma para quatro.

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RODOVIAS ESTADUAIS
Conforme o Batalhão Rodoviário da BM, não houve mortes no mês de março nos dois anos analisados. Dos 34 acidentes em março de 2019, 15 causaram lesões nas vítimas, e 19 apenas danos materiais. Embora março de 2020 tenha registrado menos acidentes - apenas nove -, a quantidade de ocorrências com lesões em relação ao total foi maior. Dos nove, oito tiveram vítimas feridas. 

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O comandante da 3ª Companhia do Batalhão Rodoviário da BM, capitão Gustavo Dubou, atribui a queda no número de acidentes à redução de carros nas estradas. Entretanto, pelo mesmo motivo, os acidentes acabam sendo mais graves. Segundo ele, foi perceptível e captado em radares motoristas em velocidades maiores do que as permitidas nas rodovias.

- Teve redução do fluxo, é inegável. O número de acidentes caiu, mas o motorista que se via sozinho na pista imprimia maior velocidade. E com maior velocidade, em caso de acidente, a gravidade e o dano são maiores - explica.

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Na primeira quinzena de abril, a região registrou um acidente com morte. Uma mulher de 52 anos morreu na ERS-149, em Restinga Sêca, após a moto em que ela estava colidir na traseira de um veículo que tentava fazer uma ultrapassagem em local proibido.

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Conforme o capitão Dubou, desde a semana passada, o movimento aumentou nas rodovias. A grande diferença foi percebida a partir do último sábado. A explicação é que duas das principais rodovias estaduais da região - ERS-509 e RSC-287 - têm partes de seus trechos em zona urbana. Com a reabertura do comércio, a circulação, portanto, aumentou.

RODOVIAS FEDERAIS
A queda dos acidentes nas rodovias federais foi de 49% comparando os dois períodos. Em março de 2019, foram 37, sendo seis considerados graves, com oito feridos e uma morte. Em março de 2020, foram 19 - cinco graves, com dois feridos e uma morte.

Em março de 2019, o óbito foi causado por uma colisão frontal entre veículos. A mesma circunstância se repetiu uma vez em março deste ano. Além disso, no mês passado, as outras três mortes foram após um atropelamento, uma colisão traseira e uma colisão contra objeto estático.

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Assim como nas rodovias estaduais, a movimentação nas federais caiu com a recomendação do isolamento. O inspetor chefe da 9ª Delegacia da PRF, Paulo Júnior, converge para a ideia de que, com fluxo menor, as infrações possam ter aumentado.

- Logo na primeira fase do isolamento, o fluxo reduziu. Ficamos quase só com veículos comerciais e de carga. O aumento das infrações não foi gritante, mas a pista mais vazia dá a sensação de que o motorista está livre. Só que a velocidade não é relativa ao fluxo de veículos, deve ser relativa ao limite, ao traçado, às condições da rodovia - pondera.

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A própria atuação da PRF também mudou. As operações de rotina deixaram de ser tão frequentes, e o trabalho ficou mais focado nas ocorrências e averiguações de denúncias.

- Nós tomamos mais cuidados porque somos vetores. Interagimos com motoristas, usuários da rodovia - explica Paulo Júnior.

A PRF passou a atuar em ações de enfrentamento à Covid-19, como distribuição de kits de higiene a caminhoneiros e mobilização na campanha de vacinação dos trabalhadores rodoviários.

*Março de 2020 foi tomado como referência pois foi quando as recomendações de isolamento social ganharam força na região. Para fins de comparação, foi escolhido o mesmo período (o mês de março) do ano passado. A área de cobertura do Batalhão Rodoviário da BM e da 9ª Delegacia da PRF não cobre todas as cidades da área de cobertura do Diário. O Batalhão, por por meio do Grupo Rodoviário de Santa Maria atua de Júlio de Castilhos a Vila Nova do Sul e de Toropi a Restinga Sêca. Já a 9ª Delegacia da PRF atua de Júlio de Castilhos a Caçapava do Sul e de Mata a Cachoeira do Sul

*Colaborou Leonardo Catto

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