Meio ambiente

VÍDEO: estudantes criam veículo movido a ar comprimido

Silvana de Castro

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Alunos do Técnico Industrial de Santa Maria criaram um triciclo movido a ar comprimido. Com rodas, freio, pedal, correia de bicicleta e 36 garrafas pet, o veículo dispensa a propulsão humana e usa energia limpa.

O ar comprimido empregado é o mesmo que enche pneus e possibilita o abrir e o fechar da porta dos ônibus do transporte coletivo. É o ar da atmosfera que, por meio de um sistema mecânico (compressor), tem a energia aumentada. Ele fica armazenado nas garrafas. Em uma analogia com carros motorizados convencionais, as pet seriam o tanque de combustível.

– A grande vantagem é o veículo funcionar com energia limpa. Isso em si não é novidade. No entanto, ninguém tinha usado ainda garrafa pet. Escolhemos esse material pela questão da reciclagem. A mensagem é a de que podemos aproveitar muitas coisas, de diversas maneiras – explica o professor da disciplina de pneumática, Sergio Adalberto Pavani, quem orientou os alunos.

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Cada garrafa é abastecida com dois litros de ar por um compressor. O ar liberado, quando o sistema é acionado, movimenta os pedais. A direção é uma barra vertical, como eram os volantes dos primeiros carros motorizados. Por enquanto, o experimento percorre distâncias curtas, de cerca de 500 metros, a 10 km/h. A meta é cruzar toda a Avenida Roraima, principal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), até a reitoria. Para isso, adaptações deverão ser feitas. As garrafas de dois litros terão de ser substituídas pelas de 3,3 litros. A intenção é também trocar o aço da estrutura por alumínio, para ele ficar mais leve.

Quem começou o projeto foi Lucas Cereta, 18 anos, em 2015, quando era estudante do curso técnico em Mecânica. Instigado pelo professor Pavani e auxiliado por colegas, o jovem desenvolveu o experimento durante o estágio. Atualmente, cursa Engenharia Mecânica no campus da UFSM em Cachoeira do Sul. Mas não vai deixar de lado a máquina.
– Vou continuar vindo aqui eventualmente para ajudar. O bom é que, com projetos como esse, a gente aprende com os erros – diz.

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Clarisse Ceni, 38, também envolveu-se na iniciativa. Antes de 2012, Clarisse entendia da lida doméstica na sua casa e na dos outros. Porém, tinha interesse por mecânica. Quando entrou para o curso de Eletromecânica, conheceu o mundo da pneumática e da automação. Mãe de três filhos, o que ela mais quer no momento é um estágio remunerado. Sua colação de grau foi na sexta-feira, mas como não tinha dinheiro para arcar com os custos da cerimônia, ficou de fora.

– Sempre me chamava atenção a parte de mecânica. Ajudava o meu marido a reformar motor de carro. Quero agora ingressar neste mercado de trabalho – conta.

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