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Maurício Severo é técnico administrativo da UFSM há 12 anos e, desde que ingressou na instituição, é função gratificada de nível 7. Ele é secretário dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Relações Públicas. Ele explica que a preocupação em relação aos decretos é o ataque às autonomias das universidades públicas, além de influenciar diretamente na qualidade dos serviços e da educação. 




MAURÍCIO SEVERO - fg 7 há 12 anos, desde que ingressou no quadro de servidores da ufsm, secretário da pp e rp 



Mexer na estrutura, aprovar nos conselhos superiores e vai se extinguir as secretarias. Não vai mais existir o secretário do curso, com a portaria. Seria muito parecido essa estrutura com o que é o Derca, onde tem um diretor e os técnicos-administrativos, mas oficialmente quem despacha documentos é só o diretor.

A economia do governo é muito pouco perto do problema que vai se criar modificando a estrutura da universidade inteira. O governo volta atrás o tempo inteiro e a gente tem uma perspectiva que se mofique isso ou se dÊ mais tempo para que se organiza. Aqui .no CCSH é impossível que se organize tudo isso até julho...

Para nós é indiferente o valor, mas a estrutura legal preocupa, porque não tendo essa estrutura - a gente sendo secretário de curso faz atividades como. Toda assessoria que o coordenador de curso faz não vai poder existir. A relação de valor não é impactante. Se não ter esse assessor para o coordenador, se a gente não tiver ligado a essa assessoria. De que forma os alunos vão chegar ao coordenador?Vai baixar a qualidade, o atendimento vai ser pior aos alunos.

Os sindicatos quando fizeram, no ano passado, a campanha do ele não, já esperavam isso. Os cortes vem a dificultar todo o trabalho da universidade. Eles dizem que é enxugamento de gastos, mas é investimento na qualidade da educação.

DEsde o início do ano praticamente tem um decreto que dificulta a gestão. Agora vem os dos concursos que nos deixa receosos porque a gente sabe que tem a precarização de terceirizar o serviço, se paga muito mas o trabalhador terceirizado ganha pouco.

Sobre os cortes - de 2014 para cá começam a ter cortes. Ali por 2007, 2008 teve a implementação do reúne. 2010 - 2013 se investiu muito na universidade, dobrou numero de alunos e de cursos e 2014 começou a ter limite para gastar em diárias e passagens, algo que a pós gradfucação precisa muito, precisa viajar e publicar. A capes avalia isso, se no lattes deles tem eventos. Antes, se podia gastar até 20 mil em diárias e eventos, hoje é 5 mil por exemplo. Em 2014 começou a ter o texto.

Dentro dos 5,8 bilhões a gente não tem como saber onde vem os cortes, porque envolve o orçamento de 2019, que vai ser executado. Antes o recurso chegava todo no mÊs de janeiro. Agora é assim, libera um pouco. É só olhar no portal da transdparência que a gente percebe que os recursos foram reduzidos, mas em qual área, é difícil saber sem a posição oficial da reitoria. Para nós, técnicos, o que a gente tem é a perca salarial pq há

anos a gente não tem aumento salarial, mas de recursos e investimentos a gente só sabe quando as obras param, a redução de diárias, nessas coisas assim...

Agora com os decretos aumenta o grau de preocupação, porque o valor de custeio já disseram que tinha redução. De investimentos, por exemplo, a comunicação está aqui nesse prédio 21 provisoriamente há 30 anos. O complexo do CCSH quando saiu o reúne é que colocassem todos cursos lá. Veio a administração, a contábeis, a economia... e nós da comunicação iríamos também, mas já nos falaram que não tem previsão nenhuma. Isso é recurso de investimento, não tem previsão de nada.

A autonomia que a universidade tem de fazer a gestão dos recursos e seu próprio planejamento. Dentro do plano de desenvolvimento institucional tinha, por exemplo, abrir mais pó, internacionalizar a pós, mas sem recurso de custeio não tem como manter esse crescimento da pós. O CCSH é onde mais se criou mais pós graduação porque hoje em dia a pesquisa que existe no Brasil é dentro da universidde. Os coordenadores da graduação vão ser impactados por não ter assessoria de servidores, mas na pós-graduação já tem sofrendo com os cortes. Como saiu na quinta, a gente ainda não tem parecer jurídico se pode entrar com inconstitucionalidade, mas teve um ataque direto aos sindicatos.

ccsh - 23 cursos, 13 pós e 12 departamentos

maior em número de estruturas. Se criou uma comissão par

mexer na estrutura

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É muito fácil tirar de nós (universidade) porque o que a gente vai fazer? Um dia de paralisação?Mas parece que a recessão não é total, lá em Brasília parece não haver isso. Enquanto o senado gastou 70 e poucos mil de diárias em um semestre, nós temos 4 mil no ano para 30 professores. Aí um professor pede custeio - diária e passagem - para um evento, até tem dinehiro. Vem outro e pede, ainda tem. Vem outro e pede e já njão tem mais, como é que faz?

Congelar não resolve, se esse valor existe, é porque o orçamento existe e esta em outro lugar. Com tudo isso, a gente acaba desanimando. Eu sou politicamente apartidário, sei que se algo afetar os professores, vai afetar a todos, de todos os martigos. Quando se criou o reuni, aumentou numero de vagas, de cursos e de professores, mas aí não aumentou o recurso para manter. E aí a cada ano é mais custo e o orçamento está congelado.

sobre cnpq

Eu, como pesquisador do cnpq, é claro que eu me preocupo. Em novembro do ano passado tive uma pesquisa aprovada, com valor de R$ 100 mil. Até agora, entrou R$ 10 mil. Esse projeto já foi orçado, mas não tem dinheiro, como vamos fazer a análise do leite se não tem dinheiro apra comprar o equipamrnto e analisar?

Além disso, se o CNPq tem cortes, logo não vai abrir od editais, e aí não tem apoio na pesquinsa. Que adiante ser rcontemplado e não sair do papel? Parece que querem moralizar mas estão podando. Será que as pessoas estão motivadas a ficar na educação pública? Será que os doutorandos vão querer fazer concurso na universidade federal ou vão achar melhor dar aulas na universidade pública. Isso afeta a graduação, o ensino como um todo, assim como a pesquisa e a extensão.

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