O que esperar da Delegacia de Homicídios de Santa Maria

Com o pontapé da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DHD) de Santa Maria, que começou a funcionar nesta terça-feira, as expectativas são pelo menos duas: aumentar o índice de resolução de homicídios consumados e tentados e também diminuir o número de assassinatos.

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Na terça, o delegado Gabriel Zanella, titular da nova unidade da Polícia Civil na cidade, já cumpriu expediente junto com a equipe de 11 servidores onde antes funcionava a agora extinta Delegacia de Trânsito, na Rua Joana D’Arc, no bairro Nossa Senhora de Lourdes, na região central da cidade.

Saiba como funcionará a Delegacia de Homicídios em Santa Maria

– A Delegacia de Homicídios vai ser, sim, impactante na questão do crescimento vertiginoso da estatística dos crimes contra a vida. Aumentaram não só os homicídios, mas também as tentativas. Elas estão aumentando ano após ano nesses últimos cinco anos. A forma de resolvermos isso é dar uma resposta mais rápida, eficiente e qualificada. Por isso, criamos essa delegacia, que vai trazer esses resultados porque vai melhorar os índices de resolução, principalmente das tentativas de homicídio – ressalta o delegado regional Sandro Meinerz.

Onde ocorreram os 30 homicídios do ano em Santa Maria

Apesar da expectativa, o delegado Zanella pede cautela:

– O índice de resolução dos homicídios consumados é elevadíssimo, ainda mais se levarmos em conta as condições materiais e recursos humanos do Estado e se compararmos com índices de outros Estados e até mesmo de outros países. Quanto às tentativas, essa é a cobrança da administração da Polícia Civil: tentarmos dar uma resposta um pouco mais imediata na investigação. E o nosso objetivo é esse. Será consequência disso ou não o aumento dos índices de elucidação. Acreditamos que é possível, mas é um desafio muito grande.

Até o final de 2015, 44 dos 56 homicídios registrados no ano em Santa Maria haviam sido solucionados, e os autores, indiciados, chegando a 78,5% de elucidação. Já em 2016, cinco suspeitos foram indiciados por assassinatos cometidos em 2015, elevando o índice para 87,5%. Em relação às 178 tentativas de homicídio na cidade, 46,6% delas tiveram solução.


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