data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
O Dia da Consciência Negra foi marcado por diversas atividades em Santa Maria. Na Praça Saldanha Marinho, no Centro, um ato unificado da negritude, que teve como chamada "Sem o povo negro não existe Brasil", contou com apresentações artísticas e discursos de representantes do movimento negro. As ações fazem parte do 33º Mês da Consciência Negra do município. A atividade integra o CalendAFRO, agenda elaborada pelo Movimento Negro Unificado (MNU), em parceria com diversas outras entidades e coletivos. Na praça, cartazes pediam o fim do genocídio do povo negro. Os nomes de crianças, adolescentes e jovens pretos mortos nos últimos anos, grande parte em operações policiais, foram lidos. Enquanto isso, quem participava do ato amarrava fitas brancas em uma cruz, com um pedido de paz, e levantava o punho cerrado, um símbolo de solidariedade e apoio.
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Integrante do Movimento Negro Unificado, a professora Maria Rita Py Dutra, avalia que a população branca, de um modo geral, tem tido mais interesse pelas pautas raciais e antiracistas.
- Nós estamos aqui nos reconstruindo e valorizando a nossa história, mas precisamos contar isso para os outros, principalmente para os brancos. Até pouco tempo era uma vergonha ser negro. Desde a década de 1970, graças a diversos intelectuais negros, foi positivado o ser negro. As conquistas do povo negro não são individuais, são sempre coletivas. Se eu estou aqui devo isso à minha mãe, meus antepassados, e todos que lutaram. Precisamos de todos junto conosco - afirma a professora.
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No Museu Treze de Maio, uma roda de capoeira pela manhã, com o grupo Barravento, e uma roda de samba à tarde fizeram parte da programação. Três grupos e alguns músicos tocaram sucessos do samba e pagode.
- Estamos celebrando 50 anos do Dia da Consciência Negra, uma data importante e simbólica. Nossas atividades tem o objetivo de valorizar a cultura negra e africana, instigar o debate, positivar as ações e lutar por uma sociedade mais igualitária. Ter um dia da consciência negra é sinal de que precisamos defender as causas o ano inteiro. Todos os dias sofremos com o racismo - destaca o diretor do Museu, João Heitor Silva Macedo.