Comunidade engajada

Moradores consertam buracos em rua para que ônibus volte a transitar em Santa Maria

Depois de quase duas semanas sem ônibus, os moradores do residencial Monte Belo, em Camobi, resolveram colocar a mão na massa e tapar um buraco que impedia a passagem do coletivo da linha Cohab Fernando Ferrari pela Rua Dionélio Machado.

A via é cheia de problemas, mas a cratera aberta pelas últimas chuvas e que ficava perto da esquina com a Rua Érico Veríssimo foi determinante para que a empresa Expresso Medianeira optasse por suspender o serviço, que só foi retomado na tarde de segunda-feira.

Conforme João Vicente, gerente de tráfego da Medianeira, os ônibus não tinham condições de passar pelo local. No dia 25 de novembro, a empresa notificou a prefeitura, que informou que colocaria o problema no cronograma de obras, mas não deu prazo para o conserto.

De acordo com o secretário da Associação dos Moradores do Residencial Monte Belo, Vanderlei Teles, ontem, ele e o presidente do grupo, Valter Rocha César, colocaram pedras, restos de materiais de construção, brita, areia e terra no buraco.

Os materiais foram doados pelos vizinhos. A empresa responsável pela linha foi comunicada da solução paliativa e retomou o serviço.

A maioria dos moradores do residencial Monte Belo depende de ônibus para transporte. Durante as duas semanas em que ficaram sem o coletivo, as pessoas tiveram de se deslocar até outra parada, que fica a cerca de quatro quadras da Rua Dionélio Machado. Mauro da Silva, 44 anos, que mora bem em frente ao trecho esburacado, diz que, quando chove, sair de casa é um transtorno. E consertar a rua já virou rotina para a vizinhança:

Essa não é a primeira vez que isso acontece. Moro aqui há quatro anos e, frequentemente, nós, aqui da rua, precisamos fechar os buracos que se formam.

Lucinda Ilha, 62 anos, tem duas filhas que moram no residencial Monte Belo e trabalham no Centro. Elas também dependem do transporte público para se deslocar, pela manhã e à tarde, pois voltam para casa almoçar. A falta de ônibus causou transtornos para a família.

É uma dificuldade para nós que moramos nessa rua. A gente nunca sabe se o ônibus vai passar por aqui. Já ligamos para a prefeitura, que prometeu enviar cargas de pedra para fechar os buracos, mas a situação se repete desabafa Lucinda.

Conforme o secretário de Infraestrutura e Serviços, Tubias Calil, a prefeitura está ciente do problema. A situação, alega Tubias, é que, além dessa, existem mais 40 intervenções que devem ser feitas em toda a cidade, inclusive, demandas mais urgentes, e que existe um cronograma para os consertos, que deve ser respeitado.

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