Moradores de Santa Maria conversam com governador e pedem uma solução para área ocupada por grupo indígena na Fepagro

Moradores de Santa Maria conversam com governador e pedem uma solução para área ocupada por grupo indígena na Fepagro

Foto: Vinicius Becker (arquivo/Diário)

Durante a solenidade que marcou o início da obra das novas pontes sobre o Arroio Grande, na RSC-287, em Santa Maria, na manhã desta segunda-feira (1°), moradores do distrito da Boca do Monte abordaram o governador Eduardo Leite (PSD) para cobrar uma solução em relação à ocupação indígena da área da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro),ligada à Secretaria Estadual da Agricultura, Agropecuária,Produção Sustentável e Irrigação. 

No local, funciona a Escola Municipal Boca do Monte, que está com as aulas suspensas.Já os cerca de 80 alunos foram transferidos, temporariamente, para a Escola Almiro Beltrame, no mesmo distrito, motivo de contrariedade de pais dos alunos devido ao deslocamento e à nova adaptação, principalmente das crianças mais pequenas.  

– A Justiça negou a reintegração ao Estado. Nós estamos trabalhando para trazer a normalidade a essa situação – afirmou o governador após ouvir o relato de pais.   

O grupo também pontuou a preocupação de que a presença das famílias caingangues, instaladas no local desde 15 de julho, pode prejudicar o trabalho da Fepagro, uma vez que a área abriga o único banco de sementes do Estado, voltado à recuperação de áreas degradadas. 

– Nós somos um órgão de pesquisa também. O governo investiu quase R$ 7 milhões em projetos de reflorestamento que estão em andamento. Isso não pode acontecer. Tem que ter outro lugar – disse um dos representantes da comunidade na rápida conversa com o governador. 

Leite ouviu as reivindicações dos moradores e prometeu que iria conversar com a diretoria da Fepagro sobre a situação.

A ocupação da Fepagro, localizada no distrito da Boca do Monte, envolve cerca de 10 famílias caingangues, entre homens, mulheres e crianças, que se instalaram no espaço com móveis e utensílios. 

Negociações

Uma audiência de conciliação foi realizada, no dia 8 de agosto, com representantes do Estado, do Ministério Público Federal, do município e da própria comunidade indígena. Na oportunidade, ficou acordado que o Estado realizará um estudo, em um prazo de 30 dias, para indicar a disponibilidade de concessão provisória de uma área de 15 hectares da área da antiga Fepagro para conceder ao grupo indígena

As aulas continuam na Escola Estadual Almiro Beltrame até que a Justiça defina a situação. Na última sexta-feira (29), moradores fizeram um novo protesto em frente à entrada da Fepagro e a Brigada Militar reforçou a segurança no local. Uma nova audiência deverá ocorrer neste mês para ter um encaminhamento da situação.  

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Setembro começa com risco de temporais e chuva acima da média no Rio Grande do Sul Anterior

Setembro começa com risco de temporais e chuva acima da média no Rio Grande do Sul

Ponte duplicada e mais alta: obras iniciam nesta semana na RSC-287 Próximo

Ponte duplicada e mais alta: obras iniciam nesta semana na RSC-287

Geral