Marcha da Consciência Negra reúne manifestantes no Centro

Fotos: Pablo Millani (divulgação)
A marcha percorreu as principais ruas da cidade

Dezenas de pessoas se reuniram na Praça Saldanha Marinho hoje para acompanhar as manifestações do Dia Nacional da Consciência Negra. Por volta das 17h o grupo chegou no local onde foram realizadas diversas apresentações e intervenções artísticas e culturais de pessoas de Santa Maria e de fora da cidade.

O palco ficou livre para que o público em geral pudesse se manifestar. Em seguida os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas do centro da cidade. A Marcha Contra o Genocídio do Povo Negro, foi organizada por vários movimentos da cidade.  

_ O nome já diz tudo, a gente quer mostrar o que a gente vive diariamente, mostrar a nossa luta, a gente vai resistir apenas do governo não estar ajudando nas nossas vidas _ comenta Tatieli dos Santos membro do Coletivo Dandara.

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Conforme a organização, todo ano, 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados. São 63 por dia. Um a cada 23 minutos. A cada 100 vítimas de homicídio no Brasil, 71 são negras. A marcha quer chamar atenção para estes números e fazer com as pessoas estejam mais unidas.

O Dia Nacional da consciência Negra, data da morte de Zumbi dos Palmares, é relembrado como um marco na história da luta e resistência da população negra no país. O dia 20 de novembro é marco de muita luta e (r)existência da população negra.

Às 20h, o Coletivo Negressencia, realizou uma apresentação no Theatro Treze de Maio. Criado em 2015 por artistas negros de Santa Maria, o coletivo surgiu com a proposta de desenvolver projetos artísticos em dança, teatro e performance-art, tendo como proposta a cultura e artes negras afro-brasileira. O espetáculo Negro Sul conta por meio da dança e do canto, as contribuições que os negros trouxeram ao Estado na alimentação, no vestuário, nas músicas, nas danças e em outras áreas.

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No palco, os corpos negros em movimento, expressaram as riquezas dessas contribuições culturais e valorizando sua origem.Os Artistas e o público embarcaram em uma viagem que começou em 1737, data que marca o início da colonização lusitana no Rio Grande do Sul e desembarcaram em espaços de arte e resistência protagonizados pela comunidade negra