Para relembrar a história de Manoel dos Santos Pedroso, 33 cavaleiros de diversas instituições tradicionalistas de Santa Maria e São Martinho da Serra participam neste sábado e domingo de uma homenagem ao "Conquistador das Missões". O evento, que acontece anualmente, busca resgatar a memória de Maneco Pedroso, que, em 1801, expandiu as fronteiras portuguesas até o Rio Uruguai, na região onde hoje fica São Borja.
Promovida pela Confraria de Cavaleiros e Resgate Histórico "Sangue Farrapo" e o CTG Taylor Fagundes, a 15ª Cavalgada Maneco Pedroso saiu às 13h deste sábado, da frente do CTG Bento Gonçalves, em direção às ruínas da Fazenda Sarandi, no Campo de Instrução de Santa Maria (Cism).
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O aposentado Valmour Paulo Dalenogare, 64 anos, conta que participou de todas as cavalgadas em homenagem a Maneco Pedroso. Este ano, ele foi acompanhado do filho Valmour Júnior, 34 anos, e diz que a paixão por cavalgadas é de família e provavelmente seguirá na próxima geração.
– Eu já somo mais de 17 mil quilômetros em cavalgadas. A paixão é de sangue. Lembro do meu avô encilhando o cavalo, e do meu pai. Aprendi com eles. Depois ensinei para o meu filho e já tenho um neto, de 2 anos, que ficou chorando porque não pôde vir junto. O guri já tem o pitiço dele – conta, aos risos.
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De acordo com o coordenador da Confraria Sangue Farrapo, Elvandir de Vargas, o trecho da cavalgada neste sábado foi tranquilo e com o dia bonito para acompanhar.
OUTRA HOMENAGEM
Esta edição do evento, também homenageou Darci Brondani, pesquisador da Confraria que morreu no início deste ano. A esposa e os filhos de Darci receberam uma placa dos cavaleiros, em solenidade na Pousada dos Carreteiros, local em que os participantes vão dormir hoje.
A pousada fica na Colônia Toniolo, no distrito de São Valentim. A cavalgada será retomada às 7h deste domingo, em direção ao largo Maneco Pedroso, em frente à Universidade Luterana Brasil (Ulbra). No evento, são 24 quilômetros percorridos, do Cism até o Largo. A cavalgada encerra com um almoço no CTG Taylor Fagundes.
A trajetória de Maneco Pedroso foi reconhecida, em Santa Maria, pela Lei Municipal nº 5.297, de 14 de abril de 2010.