observação

Imagem do cometa Leonard é capturada por observadores em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 50%; float: right;">No dia 28 de dezembro de 2021, o professor de Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Rafael Concatto Beltrame e o gestor e idealizador do projeto Bate-Papo Astronômico Fabrício Colvero, registraram a passagem do Cometa C/2021 A1, conhecido como cometa Leonard - uma homenagem ao seu descobridor, Gregory J. Leonard.

Para a melhor visualização do cometa, a dupla se deslocou à Região Oeste de Santa Maria, próxima à Ulbra, onde a poluição luminosa é menor. Com o apoio de um telescópio e uma câmera fotográfica, eles puderam observar o corpo celeste.

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Segundo Beltrame, autor da foto do astro inteiro, foi preciso deixar a câmera com um tempo de exposição à luz maior do que o normal, mas com o cuidado para que as estrelas ao redor não fossem capturadas como borrões. Na verdade, a foto é uma sobreposição de várias fotos, chamada de empilhamento, uma vez que foram usadas cerca de 350 das mil fotografias para gerar o resultado final.

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- Usamos um software para sabermos o melhor horário para a fotografia, e outro para fazer a sobreposição das fotos. Todas as fotografias geraram aproximadamente 20 GB - diz Beltrame, autor das fotografias.

Segundo o professor, o melhor momento em que o cometa esteve mais próximo da Terra foi no dia 12 do mês passado, contudo, ele estava em uma posição baixa, o que dificultava a observação.

Conforme Colvero, o cometa Leonard tem órbita hiperbólica e passou pela Terra pela última vez há 80 mil anos. Ele explica que o cometa tem velocidade média de 70km/s e deverá deixar a órbitra do Sol e nunca mais voltar a ser visto:

- Foi emocionante fazer este registro, mesmo que simples, pois estamos falando de um objeto que nunca mais será visto a partir do nosso planeta. Nos faz refletir o quanto somos pequenos diante da vastidão do universo - conta.

Ainda de acordo com o divulgador científico, cometas são corpos celestes formados por gelo, gás e poeira. Quando eles se aproximam do Sol, com o calor e o vento solar, a cauda é formada. São estes detritos que causam as chuvas de meteoros.

Por fim, Colvero diz que o cometa deve permanecer visível por mais alguns dias, diminuindo seu brilho e tornando a observação cada vez mais difícil. Para encontrá-lo, é preciso observar na direção oeste, após o pôr do sol. É recomendado o uso de algum aplicativo ou software de simulação do céu e um equipamento ótico, como binóculo ou telescópio. O cometa também pode ser registrado a partir de fotografias de longa exposição.

Os observadores Beltrame e Colvero dedicam a foto empilhada (ao lado) e foto capturada do telescópio (abaixo) ao astrônomo brasileiro Nelson Travnik, que há muitas décadas contribui para a astronomia, com participação nas missões Apollo, fundação de diversos observatórios e a publicação do livro Os Cometas, em 1983, dentre tantas outras atividades.

- Eu recebi pessoalmente dele o livro, retirado do acervo pessoal e com dedicatória em meu nome. Por isso e pela sua grande contribuição com a ciência, a nossa homenagem - diz Colvero.

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