Não está para brincadeira

Em quatro praças de Santa Maria, brinquedos estão bastante danificados

Pâmela Rubin Matge

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Férias são sinônimo de diversão. Mas os espaços de lazer preferidos pela criançada, em Santa Maria, não estão nada divertidos. As pracinhas de brinquedos, que deveriam ser seguras e aprazíveis, viraram o reflexo do descaso, da sujeira e da depredação.

Em todos os locais visitados pelo "Diário" no último domingo, os brinquedos apresentam problemas. São balanços, rodas e gangorras quebrados e enferrujados. No entorno, há lixeiras cheias. O mau-cheiro é intenso e há garrafas de vidro quebradas pelo caminho.

Avó de duas meninas, a técnica em enfermagem Vera Vizzotto diz que, ultimamente, evita levar as netas para brincarem na Praça do Mallet:

-  Quando chove, piora e fica tudo alagado no espaço onde as crianças brincam. Parte é culpa da prefeitura, e parte, da própria população. O pessoal deixa tudo atirado e há muito vandalismo à noite. A Guarda Municipal pouco aparece. Os militares bem que podiam ajudar. Eles só limpam quando há uma festividade.

Nas quadras de esporte da Praça do Mallet, a situação também é precária: faltam goleiras, e cestas, e a área destinada à prática esportiva mais parece um rio. Até o busto de General Osório, que dá nome à praça, está completamente pichado.
Na Praça Tenente João Pedro Menna Barreto, a Praça dos Bombeiros, as cenas se repetem.

-  O pessoal da limpeza vem, deixa tudo bonito, aí uma gurizada aparece, principalmente de madrugada, e quebra e suja tudo. Falta segurança e um banheiro para crianças e idosos, mas isso nem dá para exigir, pois destruiriam no outro dia - lamenta o taxista Julio Cezar Fripp, 45 anos.

Segundo o secretário adjunto de Esporte e Lazer, Odilo Ravanello, já está sendo agilizado o processo de compra de novos 63 novos kits de brinquedos. Os equipamentos devem chegar à secretaria até o final de março. Ainda não há nenhum um projeto para a instalação de banheiros nos espaços públicos. Quanto à limpeza, conservação e pichação, Ravanello explica que há um trabalho feito em parceria com a secretaria do Meio Ambiente, mas ele argumenta que há questões que não dependem somente do poder público:

- Estamos ciente de todos os problemas, e a ideia é trocar os brinquedos danificados e fazer uma manutenção geral em telas e portões. Já a questão da limpeza e da pichação, às vezes, foge do nosso controle. A pessoas não cuidam e, neste período de mormaço e chuvas, a grama tem crescido rapidamente.



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