Deni Zolin: bioinsumos podem reduz gastos com agrotóxicos em até 70%

Deni Zolin

Embrapa mostra pés e espigas de milho que foram cultivadas sem e com o BiomaPhos, bioinsumo que ajuda a aumentar a produtividade

Deni Zolin, deni.zolin@diariosm.com.br

Uma bactéria, vírus, fungo ou extrato de planta que tenha uma finalidade específica, podendo matar pragas da lavoura ou estimular o crescimento das plantas. É assim que funcionam os bioinsumos, uma nova tendência no setor do agro, que está ganhando mercado no Brasil e permitindo que os agricultores possam gastar até 70% menos agrotóxicos do que em cultivos convencionais. Esse tema foi assunto de um evento ontem na UFSM, que trouxe, entre outros palestrantes, a doutora Rose Monnerat, da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), de Brasília.

– Bioinsumo garante resultado, é uma realidade. O agricultor geralmente começa com um ou dois tipos de produto e passa a ter confiança e vai aumentando o uso. O Biomaphos, desenvolvido pela Embrapa, promove o crescimento da planta e já é utilizado em 3 milhões de hectares. Tem outro produto que foi lançado por empresa privada em parceria com Embrapa que auxilia o desenvolvimento de plantas em local de estresse hídrico, e temos produtos para controle de lagartas que estão disponíveis no mercado. Temos bactérias, fungos e vírus que agem contra a lagarta – diz Rose.No caso do Biomaphos, a Embrapa diz que ele chegou a aumentar a produtividade no milho em 12 sacas por hectare (nas fotos, a diferença de pés de milho e das espigas em lavouras com e sem o bioinsumo).

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Segundo Rose, o mercado de bioinsumo está crescendo muito.– Um grupo de Mato Grosso, com técnica de agricultura regenerativa, reduziu o uso de defensivos em 50% na soja e aumentou um pouco a produtividade. Primeira vantagem do bioinsumo é a eficácia. Esses agentes são bastante eficazes para controlar aquelas pragas. A segunda é a especificidade. Então, quando você usa um produto para matar aquela praga, e não todos os outros seres vivos que estão ali, como ocorre com produtos químicos. A tendência é de baratear os preços – diz ela, que acredita que a agricultura do futuro vai ser mais sustentável e com alimentos mais saudáveis, com menos agrotóxicos.– Em caso de infestação de doença, ainda se usa agrotóxicos, assim como nós humanos às vezes temos de recorrer a antibióticos. Mas com bioinsumos, o uso de defensivos poderá reduzir muito.

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