Encontro

Boteco do Rosário abre as portas para socializar ideias

Tatiana Py Dutra

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O Boteco do Rosário se abriu a uma ousada proposta para os meses de férias na cidade: tornar-se um espaço de socialização gratuita. Aos frequentadores, não será obrigatório consumo mínimo. Nem mesmo consumo algum.
- A ideia é deixar o Boteco aberto para que as pessoas venham conversar, discutir leituras, ver filmes. Vamos deixar o microfone e o datashow à disposição. O bar vai atender para o consumo, mas quem quiser trazer de casa seu chimarrão ou sua cerveja, também poderá entrar - explica o gerente do bar, Leonardo Retamoso Palma.

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Palma conta que tem acompanhando em sites notícias de bares que têm fechado ou aumentado o preço das entradas “em função da crise” - o que, em Santa Maria, conta com o agravante do declínio do movimento no período de férias das universidades, entre outras coisas.
- A gente está vendo acontecer muito fechamento de bar. Não há interesse do poder público em lugares de encontro, circulação e boemia. Não só por falta de público, mas por exigências absurdas para manter esses espaços funcionando. Isso faz o capital de giro ir para o espaço e gera uma inviabilidade econômica - afirma.
Questionado sobre a viabilidade financeira de abrir as portas gratuitamente, Palma vai mais longe.
- A tentativa que faço é de resistência, transformando o bar num local de acolhimento, onde pode haver a exibição de um documentário, um bate-papo com um sociólogo, um filósofo. E quero que as pessoas venham.Não acho que isso me inviabiliza economicamente. Ao contrário, vai criar público para o bar. As pessoas passam a conhecer o que não conheciam - projeta.
Em janeiro e fevereiro, o bar abrirá às 18h, de segunda a sábado, e, às 20h, nos domingos. Nesse período, só deve haver cobrança de ingresso em três datas: 4, 7 e 16 de janeiro. No dia 4, a atração será o musical 1,2,3 Jazz, com a participação de músicos como Sandro Cartier Laranjeira (percussão), Elias Rezende (gaita), Gabriel Opitz (cordas) e Luiz Silva (sopro).
- São músicos que têm uma relevância cultural na vida da cidade e que acabaram se reunindo para fazer essa brincadeira, que aliás é bem séria, de tocar jazz da melhor qualidade - elogia Palma.
Ingressos à venda no local por R$ 12. O Boteco fica na Rua do Rosário, 400.

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