Foto: Pedro Piegas (Diário)
Uma boa notícia para os usuários dos transportes coletivo e seletivo de Santa Maria é que não há previsão de quando o pedido de reajuste das tarifas será calculado e votado. O motivo: a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) e o Sindicato dos Rodoviários (Sitracover) ainda não entraram em consenso sobre a revisão salarial de cobradores e motoristas, decisão que é fundamental para poder calcular o reajuste das tarifas.
A negociação começou logo após a data base da categoria, em 1º de fevereiro, mas até quarta-feira, as entidades ainda não chegaram a nenhum acordo.
Sindicatos não chegam a decisão sobre reajuste de salários de motoristas e cobradores em Santa Maria
Sem o reajuste salarial dos funcionários das empresas de ônibus, a prefeitura não consegue dar continuidade ao processo de revisão da planilha de custos do transporte, solicitada pela ATU em 28 de janeiro deste ano. O diretor de Assuntos de Comunicação da Associação, Edmilson Gabardo, disse ao Diário que a folha de pagamento dos funcionários corresponde a 55% dos custos das empresas de ônibus.
Gabardo diz que o Sitracover teria pedido que a assistência sindical seguisse incluída na folha, junto aos descontos dos salários de motoristas e cobradores, contudo, esse tipo de contribuição passou a ser proibido a partir deste ano. Assim, o diretor da ATU acredita que a categoria vá entrar com ação judicial na tentativa de conquistar a exigência.
Já o presidente do Sitracover, Rogério Santos, diz que não há previsão da categoria buscar a justiça nem de realizar greve. Para ele, a mesa de negociações ainda está aberta e o Sitracover espera o contato da ATU para seguir com as tratativas.
Enquanto a ATU e o sindicato negociam o reajuste salarial, a passagem do transporte coletivo segue R$ 3,90, e a do seletivo, a R$ 4,70.