santa maria

Após 6 horas de ocupação, moradores da Vila Resistência deixam a prefeitura


Movimentação na prefeitura segue na tarde desta quinta
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

As famílias que vivem na ocupação Vila Resistência, no Bairro Pinheiro Machado, ocuparam o hall de entrada prefeitura de Santa Maria na manhã de hoje em protesto contra a reintegração de posse da área onde vivem, na região oeste de Santa Maria. Os moradores receberam uma ordem judicial para deixar a área onde moram, voluntariamente, em até 15 dias.

Por volta das 14h40min, o grupo, de cerca de 40 pessoas, deixou o local. A saída se deu após uma reunião entre os representantes do movimento e a prefeitura. Uma audiência entre os moradores da Vila Resistência e Ministério Público foi agendada para a semana que vem. Enquanto isso, eles devem permanecer na ocupação no bairro Pinheiro Machado. 

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- Eles estão ocupando uma área verde, projetada para um determinado momento suprir a necessidade da comunidade onde poderão ser construídos equipamentos de saúde, lazer e cultura. O fato de não estar ocupada pelo poder público não dá a permissão para que ocupantes de forma irregular tomem posse da área - explicou o superintendente da secretaria de habitação Wagner Bittencourt. 

Em uma nota, publicada na página do Facebook da Vila Resistência, o grupo explica que cerca de 40 famílias que vivem no loteamento há 1 ano e 7 meses e muitas delas são oriundas de uma outra ocupação também no Bairro Parque Pinheiro Machado que teve reintegração de posse pela prefeitura em outubro de 2016. 

"A pauta do direito à moradia é emergencial, logo se a concessão de uso para moradia não faça-se efetivada, exigiremos um novo local para os habitantes da vila e a construção de casas para todas as famílias permanecer e sobreviver com dignidade. Assim, nós moradores e moradoras da Vila Resistência, só sairemos da área hoje habitada com a chave de um imóvel novo, próprio e regulamentado em nossas mãos" explica a nota. 

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Entretanto, o superintendente afirma que várias vezes já se iniciou um diálogo com as lideranças da ocupação, mas que os cadastros necessários para os programas habitacionais do município nunca foram preenchidos. 

- Já ficamos sabendo de vários lotes à venda, inclusive no Facebook, e grilagem da área. Nós entendemos que é difícil, mas cumprimos um cadastro com mais de 2,6 mil famílias aguardando de forma legal o encaminhamento para alguma unidade habitacional e não seria correto tentar realocar famílias que nem cadastro possuem na frente daquelas que já estão aguardando de uma forma regular a moradia - completa Bittencourt. 

Conforme o superintendente, nenhum serviço da prefeitura foi afetado durante a manifestação dos moradores. 

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