"Santa Maria vai ganhar mais um curso de Medicina, a partir do ano que vem. O Centro Universitário Franciscano (Unifra) recebeu a autorização do Ministério da Educação (MEC) para abrir o curso, depois de quase dois anos de espera pela aprovação. Serão oferecidas 80 vagas por ano: as primeiras 40 já serão ofertadas no próximo vestibular, no dia 2 de dezembro (as inscrições devem começar em outubro). A primeira turma já inicia as aulas no primeiro semestre de 2015. As outras 40 vagas serão disponibilizadas no próximo vestibular de inverno, e as aulas começam no segundo semestre do ano que vem. Serão 12 semestres de graduação.
A estruturação do curso já está organizada para, pelo menos, os três primeiros anos de aula, segundo a reitora Irani Rupolo. Já são cerca de 30 médicos que devem integrar o corpo docente do curso, além de outros professores da área da saúde que já atuam na instituição. Além disso, as salas de aula do 8º andar do prédio 17, no conjunto 3, já estão prontas para receber os alunos, incluindo alguns laboratórios onde acadêmicos de outros cursos já assistem aulas, no 9º andar do mesmo prédio.
_ São professores que foram compromissados em fazer parte do corpo docente, que era necessário para encaminhar o projeto da criação do curso. Isso não significa que será este número, precisamos ver se será necessário ampliar _ esclarece a reitora.
Na coordenação do curso, está a professora Leris Salete Bonfanti Haeffner, doutora em pediatria pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Leris, que, há cerca de um ano e meio já trabalha na Unifra, coordenou durante 10 anos o curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), de onde se aposentou.
_ O desafio maior é transformar o que é só assistência em ensino, nos locais onde se atenda os pacientes de uma forma adequada, mas também se ensine os alunos que serão profissionais _ comenta a coordenadora.
O valor da mensalidade não foi anunciado oficialmente: a reitora explica que deve passar por aprovação pela Pró-Reitoria de Administração, mas que em agosto (data que sai do edital do próximo vestibular) o valor já deve ser conhecido. Nos bastidores, fala-se entre R$ 5 e R$ 6 mil mensais, que não foram confirmados. Ainda conforme a reitora, os alunos poderão buscar financiamento pelo Fies ou Fundaplub (programas de financiamento estudantil).
Convênio firmado para prática
Enquanto a Unifra não conta com um hospital-escola, os alunos terão aulas práticas em oito hospitais de Santa Maria e da região, conveniados com a instituição. São um total de 527 leitos (para abrir o curso, seriam necessários 400), na Casa de Saúde, no Hospital São Francisco e na UPA, em Santa Maria. Além disso, há convênios com hospitais de Faxinal do Soturno, Júlio de Castilhos, São Pedro do Sul, Rosário do Sul e São Sepé. Cerca de 60% dos leitos das instituições atendem pelo SUS, e os outros 40% são atendimentos particulares ou planos de saúde. De acordo com a reitora, deve ser trabalhada uma forma de transporte aos alunos que forem até outras cidades.
A obra do Centro Integrado de Ciências da Saúde e Tecnologia, onde funcionará o hospital-escola, ainda sofre um impasse. A execução do projeto de oito andares (dois subterrâneos) foi embargada porque o atual Plano Diretor não permite um empreendimento de oito andares naquele local. Para alterar o plano diretor, é necessário encaminhar uma proposta (que pode ser feita pelo Executivo ou Legislativo) e passar por audiência pública e votação na Câmara de Vereadores. Caso isso aconteça, a Unifra deve solicitar licença ambiental, que é dada pela Fepam.
O complexo inteiro pode levar de oito até 10 anos para ficar pronto, mas seria possível funcionar gradualmente, antes deste tempo.
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A estruturação do curso já está organizada para, pelo menos, os três primeiros anos de aula, segundo a reitora Irani Rupolo. Já são cerca de 30 médicos que devem integrar o corpo docente do curso, além de outros professores da área da saúde que já atuam na instituição. Além disso, as salas de aula do 8º andar do prédio 17, no conjunto 3, já estão prontas para receber os alunos, incluindo alguns laboratórios onde acadêmicos de outros cursos já assistem aulas, no 9º andar do mesmo prédio.
_ São professores que foram compromissados em fazer parte do corpo docente, que era necessário para encaminhar o projeto da criação do curso. Isso não significa que será este número, precisamos ver se será necessário ampliar _ esclarece a reitora.
Na coordenação do curso, está a professora Leris Salete Bonfanti Haeffner, doutora em pediatria pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Leris, que, há cerca de um ano e meio já trabalha na Unifra, coordenou durante 10 anos o curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), de onde se aposentou.
_ O desafio maior é transformar o que é só assistência em ensino, nos locais onde se atenda os pacientes de uma forma adequada, mas também se ensine os alunos que serão profissionais _ comenta a coordenadora.
O valor da mensalidade não foi anunciado oficialmente: a reitora explica que deve passar por aprovação pela Pró-Reitoria de Administração, mas que em agosto (data que sai do edital do próximo vestibular) o valor já deve ser conhecido. Nos bastidores, fala-se entre R$ 5 e R$ 6 mil mensais, que não foram confirmados. Ainda conforme a reitora, os alunos poderão buscar financiamento pelo Fies ou Fundaplub (programas de financiamento estudantil).
Convênio firmado para prática
Enquanto a Unifra não conta com um hospital-escola, os alunos terão aulas práticas em oito hospitais de Santa Maria e da região, conveniados com a instituição. São um total de 527 leitos (para abrir o curso, seriam necessários 400), na Casa de Saúde, no Hospital São Francisco e na UPA, em Santa Maria. Além disso, há convênios com hospitais de Faxinal do Soturno, Júlio de Castilhos, São Pedro do Sul, Rosário do Sul e São Sepé. Cerca de 60% dos leitos das instituições atendem pelo SUS, e os outros 40% são atendimentos particulares ou planos de saúde. De acordo com a reitora, deve ser trabalhada uma forma de transporte aos alunos que forem até outras cidades.
A obra do Centro Integrado de Ciências da Saúde e Tecnologia, onde funcionará o hospital-escola, ainda sofre um impasse. A execução do projeto de oito andares (dois subterrâneos) foi embargada porque o atual Plano Diretor não permite um empreendimento de oito andares naquele local. Para alterar o plano diretor, é necessário encaminhar uma proposta (que pode ser feita pelo Executivo ou Legislativo) e passar por audiência pública e votação na Câmara de Vereadores. Caso isso aconteça, a Unifra deve solicitar licença ambiental, que é dada pela Fepam.
O complexo inteiro pode levar de oito até 10 anos para ficar pronto, mas seria possível funcionar gradualmente, antes deste tempo.
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