Visita oficial

Ministro chega a Santa Maria em momento político delicado

Em meio a um delicado momento político e econômico, um ministro do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) cumpre agenda em Santa Maria, durante a manhã e começo da tarde desta quinta-feira. A vinda de um representante do alto escalão do Planalto, o ministro da Defesa Jaques Wagner, ao município representa em mais uma tratativa de consolidar Santa Maria como um polo na área da defesa.

_Queremos mostrar a ele (Wagner) que a cidade desponta como uma possibilidade de se desenvolver junto à área da defesa _ enfatiza o presidente da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm), Vilson Serro.

A previsão inicial era que, além de Wagner, viesse o titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos, o ministro Roberto Mangabeira Unger, mas ele acabou cancelando o compromisso de última hora. A agenda do ministro da Defesa inclui a inauguração do pavilhão de manutenção de viatura blindada Gepard, da 6ª Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada, entre outras atividades.

Decreto polêmico

Porém, há uma outra situação que tem agitado os bastidores da caserna em todo o país. A presidente assinou, na última sexta-feira, o decreto 8.515, que há quase três anos estava esquecido na Casa Civil.

Na prática, foram retirados poderes dos militares. O decreto elenca as atribuições que passarão a ser do ministro da Defesa. Entre as situações estão, a reforma de oficiais da ativa e da reserva, promoção aos postos de oficiais superiores, nomeação de capelães, transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, entre outras situações. O teor do texto foi visto com desconfiança pelo alto escalão das Forças Armadas. O entendimento é que essa situação possa trazer uma quebra na meritocracia entre os militares e um sentimento de injustiça, segundo avalia um coronel aviador da reserva:

_ O temor é da valorização daqueles “alinhados” ao governo e o processo de escolha (de valorização), que é feito por um longo colegiado, seja deixado de lado para beneficiar um ou outro.

As duas fontes ouvidas pelo “Diário”, tanto da reserva quanto da ativa, veem com preocupação uma possibilidade de aparelhamento das Forças Armadas.

_ Será que, daqui a pouco, não teremos uma doutrina ideológica junto às escolas preparatórias? Sabe-se que o MST e o bolivarismo flertam com este governo _ avaliou o oficial, que é da reserva.

Nesta quarta, o ministro Jacques Wagner sinalizou que será emitida uma errata em que deixa claro que os atos relativos a pessoal militar seguirão subdelegados às Forças Armadas.

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