O preço do gás de cozinha subiu mais um pouco, nos últimos dias, em Santa Maria. Desde 1º de setembro está valendo o reajuste médio de 24% nas distribuidoras, que vendem os botijões para as revendas da cidade. Mas, até agora, os preços já aumentaram nas empresas, mas o aumento ainda não foi repassado aos consumidores.
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A concorrência pode estar fazendo com que os revendedores segurem o prejuízo. Em média, os valores estão 19% mais caros do que em agosto, quando o botijão era encontrado de R$ 50 a R$ 54 (na tele entrega). Na pesquisa de preços feita nesta quarta-feira, (veja abaixo), o preço variava de R$ 56 a R$ 60.
Ainda assim, os valores não subiram tanto aqui quanto na Capital. Lá, já na primeira semana, havia cilindros de 13kg a R$ 66. Como o aumento médio que está sendo pago pelos revendedores é de 24%, mas o repasse ao consumidor foi de apenas 19% até agora, em Santa Maria, esse patamar poderá ser atingido também na região. Se isso acontecer, o preço médio na cidade passaria de R$ 58 para R$ 64.
O aumento de até R$ 10, em Santa Maria, deve impactar no cotidiano dos consumidores, sobretudo da população com renda menor, conforme o economista Mateus Frozza, que é professor do Centro Universitário Franciscano e coordena o Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM).
O índice só vai contabilizar essa alta no boletim de outubro, que traz a inflação referente a setembro. Embora faça bastante diferença na vida das pessoas, não vai alterar muito os números de inflação. E, como restaurantes e condomínios usam os cilindros maiores, de 45kg, que não foram reajustados agora, a repercussão em outros preços não será tão sentida explica.
Em 31 de agosto, a Petrobras surpreendeu anunciando o primeiro reajuste de preços do botijão de 13kg, conhecido como P13, depois de mais de 10 anos. As revendas, que já estavam preparadas para repassar aos consumidores, a partir do dia 1º um aumento de 9% a 11%, referente a salários e outros custos, tiveram de dar a má notícia aos clientes de que, a essa alta, se somaria mais 15% de reajuste.
Conforme Frozza, o reajuste não deve mudar a previsão feita em julho, de que no segundo semestre de 2015 os níveis de preços subiriam menos do que nos primeiros meses do ano. Logo, a projeção do economista é que a inflação anual não passe de 9%.
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