Foto: Charles Guerra/Arquivo Diário
Ex-atacante (a frente) esteve presente no time que conquistou o acesso em 2007

Quase duas décadas depois de conquistar o acesso com o Inter-SM, em 2007, Alê Menezes voltou a falar sobre a importância do retorno do clube à primeira divisão do futebol gaúcho. Atualmente treinador, ele comandou o Esportivo e o Glória na Divisão de Acesso de 2025 e acompanhou à distância a vitória do Inter-SM sobre o Veranópolis, que garantiu a vaga no Gauchão de 2026.
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– Hoje pela manhã, mandei os parabéns para o presidente do Inter, porque a gente sabe da importância e da dificuldade que é a Divisão de Acesso. Ele se sentia na obrigação de conseguir esse acesso tão sonhado para Santa Maria – disse.
Alê relembrou a campanha de 2007, quando chegou ao clube após passagem pelo Caxias. Segundo ele, o regulamento da época tornava a competição ainda mais desgastante.
– Era um campeonato mais longo, foram 38 jogos durante o ano. Teve uma fase que não podíamos perder para o Ipiranga, em Sarandi, e vencemos por 1 a 0. Depois, só a vitória interessava contra o Pelotas, e conseguimos vencer por 2 a 1, no Presidente Vargas, garantindo o acesso – recordou.
Próximos passos
O ex-jogador também destacou o que representa disputar a primeira divisão.
– Muda tudo. Desde o planejamento até o ambiente. O torcedor se motiva porque vai receber Grêmio, Inter, Juventude, Caxias, clubes tradicionais. O próprio colaborador que já ajudava vai seguir contribuindo e outros vão querer estampar suas marcas. O clube muda de patamar – avaliou.
Alê Menezes lembrou ainda que a manutenção da base do time é fundamental para garantir estabilidade na nova fase.
– O erro de muitos clubes é mandar todos os jogadores embora e trocar a comissão técnica. Acho que o Inter deve manter parte do elenco e a comissão, se tiver confiança da direção. Desmanchar a estrutura seria começar do zero, e o tempo é curto, já que a pré-temporada deve começar em novembro – comentou.
Com a experiência de quem viveu o acesso de 2007 e disputou o Gauchão em 2008 e 2009 pelo Inter-SM, ele reforçou a importância de planejamento.
– Se o clube estiver bem, a torcida abraça. Acredito que os profissionais que hoje estão no Inter são responsáveis e sabem da missão que terão em 2026. Vamos estar na torcida para que o clube permaneça na elite – concluiu.
Confira a entrevista completa