Claudemir Pereira

Quem pode, ou não, usar o “mês da traição” para trocar de partido

Acredite: tem gente contando os dias para o “mês da traição”. É como este escriba denomina março de 2024. É o período em que detentores de mandato legislativo podem, sem o risco de perdê-lo, deixar a agremiação pela qual se elegeram, trocando-a por outra.

 
Em Santa Maria, isso já aconteceu, no limite do prazo para concorrer, e mantendo o mandato. Mas isso antes da legislação restritiva. Portanto, sem riscos maiores. Que se diga: mesmo que os puristas discordem (o colunista incluído), é um direito legítimo e, sobretudo, garantido por lei. Mas, e agora? Quais as chances de o episódio acontecer, no terceiro mês de 2024, mudando cenário do plenário da Câmara?

Vários nomes foram citados como potenciais protagonistas de uma mudança. Um mais antigamente, como Juliano Soares. Outros mais recentes, como Tubias Callil. E ainda há os que perderam a sigla original, implodidas legalmente por suas direções, casos de Manoel Badke e Tony Oliveira. Isso sem falar de Pablo Pacheco, que foi apoiado por um partido que não tinha candidato e agora virou presidente de outro – o que, cá entre nós, torna inviável até mesmo a especulação.

Mas, e os outros? Confira, mais que informação, a percepção do repórter acerca do destino do quarteto. Que pode estar errada, mas há grande chance de ser correta. O tempo dirá. Veja, na ordem alfabética:


  • Juliano Soares. Depois de ser suplente, virou titular da bancada do PSDB na última eleição. Tem postura não raro independente do governo que seu partido lidera. Já se disse muitas vezes do descontentamento dele e, mais que isso, sua entrada no Novo, com o qual tem afinidades ideológicas. É bastante improvável uma mudança, mas...

  • Manoel Badke. Oriundo do falecido DEM e compulsoriamente colocado no União Brasil, nunca escondeu predileção pelo PL do ex-presidente Bolsonaro. Temeroso de perder o mandato, não deixou o UB. Passado mais de ano, hoje parece cada vez mais improvável a mudança. Mas ele não tem pressa, até porque não concorre mais.

  • Tony Oliveira. Hoje no Podemos, eleito pelo finado PSL, o edil não teve dúvida. Assim que se foi o partido anterior, migrou ao Podemos, pelo qual concorreu, obtendo boa (mas insuficiente) votação, à Assembleia. Com pretensões de concorrer à prefeitura é, talvez, o mais cotado para sair de onde está. Só não se sabe para onde. Ainda.

  • Tubias Callil. Emedebista histórico, é o mais (e hoje talvez único) afinado com o ex-prefeito Cezar Schirmer. Desde a campanha de 2022 confronta todas as grandes decisões do partido, inclusive apoiando candidatos opostos. Isolado na sigla, disse com grande ímpeto, em reunião recente, que não sairá. E não deve sair mesmo, aposta o escriba.

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