Quem pode garantir que o ocorrido ao longo desta semana, em Santa Maria, não se repetirá, digamos, nos próximos quatro anos? Ninguém. Aliás, o mais provável, segundo todos os especialistas, é exatamente a repetição. Com mais ou menos prejuízo, parece inevitável que a incidência de eventos climáticos indesejados se repita com maior ou menor regularidade e com impactos ainda desconhecidos.
Dito isto, afora ser estultice querer politizar o acontecido agora, com repercussões terríveis para a sociedade, é uma estupidez ignorar o tema no futuro. Que, aliás, está ali na esquina.
Resumo da ópera: embora não esteja na ordem do dia de qualquer candidato a prefeito, pelo menos até este momento, assim deveria ser. E com a seriedade que o tema exige. Sem catastrofismo, mas com boa dose de realidade. Afinal, depois do que ainda está se vendo, a ninguém será dado o direito, no futuro, de alegar ignorância.
Dúvida no PL
Algumas dúvidas persistem, nas pré-candidaturas majoritárias. A principal, talvez, pela relevância santa-mariense dada à sigla por seus dirigentes nacionais, se encontra no Partido Liberal. Diz-se que, dos três edis que aderiram ao PL, dois gostariam de concorrer à Prefeitura. No caso, o ex-pepista João Ricardo Vargas e o ex-emedebista Tubias Callil. A terceira, Roberta Leitão, preside a agremiação.
Dúvida no PL (II)
Como se resolverá o enrosco, na medida em que, mesmo na hipótese de aliança, a cabeça da chapa será do PL? Dado o centralismo partidário, exemplificado pela própria intervenção havida por aqui, ninguém duvida: Jair Bolsonaro dará a última palavra, aconselhado, possivelmente, pelo deputado Luciano Zucco. E não se descarta o anúncio no dia 17, data para a qual está agendada a vinda do ex-presidente.
Certeza
Se restava ainda alguma dúvida, ela desapareceu na quinta-feira: a vinda do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio Grande do Sul e a Santa Maria de uma forma bastante particular teve a mão inteira do seu assessor superior mais próximo. No caso, o santa-mariense Paulo Pimenta (foto), deputado federal licenciado e ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Destemor. Ou...
Pode parecer uma postura destemida, mas o fato é que a decisão do PSol, de bancar candidatura própria à Prefeitura, em oposição à recusada proposta de apoiar o petista Valdeci Oliveira, esconde risco nada desprezível: colocar força num nome (a ser escolhido) e que poderia fortalecer a lista ao pleito proporcional, grande prioridade santa-mariense da sigla, que pretende eleger Alice Carvalho vereadora.
Para fechar!
A chuva e suas trágicas decorrências para a vida dos santa-marienses tiveram ao menos um condão positivo: provocaram uma trégua na disputa política. Sim, houve quem tentasse, mas foi barrado pelo constrangimento. Aliás, também contribuiu para esse clima a suspensão dos trabalhos na Câmara de Vereadores, que sequer teve as sessões ordinárias da terça-feira e da quinta. Na próxima semana, o recomeço.