Oito municípios da região já decretaram situação de calamidade pública

Foto: Prefeitura de Faxinal do Soturno
Caminhoneiros bloquearam a ERS-149 na manhã de hoje. Políticos se juntaram ao grupo

Até esta terça-feira, pelo menos 10 municípios da região sofriam as consequências de nove dias de paralisação dos caminhoneiros. Oito prefeituras decretaram estado de calamidade pública devido ao desabastecimento de combustível e alimentos. Outras duas estão em emergência.

Nesta terça, os caminhoneiros fizeram manifestações em 18 pontos de rodovias da região. Em 11 locais, havia bloqueios contra a passagem de caminhões, conforme informações da Brigada Militar, do Batalhão Rodoviário da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nos outros pontos, os caminhoneiros que trafegavam pela via eram convidados a parar, mas não eram impedidos de seguir viagem. Os veículos de passeio têm passagem livre em todos os pontos.

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As prefeituras de Júlio de Castilhos e São Vicente do Sul também assinaram decretos de situação de emergência. Já Pinhal Grande decretou calamidade pública e cancelou atividades programadas para hoje, como o Dia do Desafio.

Em Santiago, milhares de motoristas tiveram de aguardar até duas horas para abastecer, depois que os postos locais receberam cargas de combustível. Em alguns casos, motoristas tiveram de empurrar os carros na fila porque ficaram sem gasolina. O recolhimento de lixo no interior de Santiago foi suspenso esta semana.

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LIXO SOB ESCOLTA
Em Cruz Alta, uma intermediação entre a empresa responsável pela coleta e transbordo do lixo, a Brigada Militar, o Exército e caminhoneiros permitiu que quatro carretas de resíduos levassem o material para o destino final, na cidade de Giruá. Os veículos foram liberados de forma gradual e sob escolta da BM e do Exército. Depois de descarregar o lixo em Giruá, os caminhões retornaram para fazer a coleta nas ruas de Cruz Alta. Contudo, o serviço foi parcial e abrangeu apenas o Centro.

Nesta quarta, está prevista a coleta apenas em bairros pré-estabelecidos. Por isso, a prefeitura segue pedindo para que a população contribua e não coloque lixo para a coleta, pois isso aumentará a grande demanda já existente.

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As aulas da rede municipal de Cruz Alta estão canceladas. O Restaurante Popular precisou interromper o atendimento devido à falta de alimentos. O local só voltará a servir refeições, ao custo de R$ 5 por pessoa, quando o abastecimento for normalizado. A Universidade de Cruz Alta (Unicruz) suspendeu as aulas hoje e na sexta-feira.

Confira o comunicado da prefeitura:

Municípios que decretaram calamidade pública