após recurso

TJ mantém júri popular para acusado de matar modelo santa-mariense em SC

da redação

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a decisão, dada em primeira instância, de que o oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho vá a júri popular. Paulo Odilon é acusado de ter assassinado a namorada, a modelo santa-mariense Isadora Viana Costa em maio do ano passado. Ele responde a crime de homicídio com três qualificadoras. 

Em fevereiro deste ano, o juiz Welton Rubenich, da 2ª Vara de Imbituba, já havia decidido que o réu iria a júri popular, mas na época a defesa do réu recorreu.

Nesta terça, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça julgou o recurso e manteve a decisão anterior. A relatora, desembargadora Salete Silva Sommariva, chegou a votar pelo afastamento de uma das qualificadoras - por motivo fútil - mas foi vencida pelos votos de outros desembargadores. As qualificadoras de feminicídio e impossibilidade de defesa também foram mantidas.

O CASO
Isadora morreu em maio de 2018 com 22 anos de idade e o namorado dela, santa-mariense que mora em Santa Catarina, responde na Justiça pela morte da jovem.

Conforme as investigações, o casal se conheceu em Santa Maria em março de 2018. No mês seguinte, o namoro teve início, e Isadora aceitou o convite do namorado para passar alguns dias em Imbituba (SC). Na madrugada do crime, os dois tiveram uma discussão que terminou na morte da jovem. A denúncia aponta que Paulo Odilon era lutador de artes marciais e, por isso, conseguiu imobilizar a namorada, desferindo diversos golpes no abdômen.    

- O médico legista concluiu que as lesões traumáticas encontradas no abdômen da vítima, como laceração de vasos abdominais e laceração hepática, foram decorrentes de ação mecânica de alto impacto contra o abdômen e provavelmente repetitiva, compatíveis com múltiplos chutes, joelhadas e socos - escreveu a promotora.

Após o crime, Paulo Odilon solicitou atendimento ao Corpo de Bombeiros, mas não acompanhou Isadora até o hospital. O MP alega que o acusado permaneceu dentro da residência para ocultar provas e dificultar o trabalho de investigação. O acusado só foi para o hospital após modificar a cena do crime. No local, encontrou a amiga, para quem entregou as chaves do apartamento para que ela retirasse o lençol sujo de sangue que estava em cima da cama.  

Em maio deste ano, Paulo Odilon foi condenado, em primeira instância, por posse de acessório para arma de fogo, crime que passou a ser investigado após a morte de Isadora. 


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