Mulher é condenada a prisão por morte da filha de 3 anos

Foto: Renan Mattos (Diário)
Promotor argumentou que a mulher não fez nada para defender a menina das agressões do padrasto 

Foi condenada pelo Tribunal o Júri, a mulher de 22 anos que foi acusada pela morte da própria filha, uma menina de três anos, no ano passado, em Santa Maria. Kanandra Ledi Lima da Silva foi denunciada por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

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Na tarde desta sexta-feira ela recebeu a sentença de 20 anos de prisão em regime fechado. Ainda cabe recurso da decisão.

O CASO 
Alice Kauane, de três anos, foi levada pela mãe e pelo padrasto, Álisson Garcia Lopes, 21 anos, ao Pronto-Atendimento do Patronato, no dia 11 de julho de 2017, mas morreu pouco depois. A Brigada Militar foi acionada e na ocasião, o casal chegou a relatar que os machucados da menina eram resultado de uma queda. A Polícia Civil concluiu que a menina morreu por espancamento. Ao longo do processo, Kanandra disse que quem agrediu a menina foi Álisson, tese reiterada nesta sexta-feira por Leonardo Sagrilo Santiago, advogado da ré. Depoimentos de vizinhos foram usados pela defesa, em que disseram ouvir os gritos da mulher dizendo para que ele parasse. Já para o promotor Joel Dutra, a mulher admitiu que não fez nada para defender a menina porque não tinha forças de parar Álisson.

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Kanandra foi presa e cumpre prisão preventiva na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre. Ela chegou a ficar na ala feminina do Presídio Regional de Santa Maria mas pediu transferência por conta da intolerância das demais detentas. Após o julgamento, ela volta para a penitenciária. A defesa de Kanandra disse que vai recorrer da decisão. 

A ação que apura o envolvimento de Álisson foi separada do processo inicial e ele também responde por homicídio triplamente qualificado, com os mesmos agravantes. O júri dele deve ocorrer em outubro deste ano. Ele cumpre prisão na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).