justiça

Magistrada que fará júri da Kiss só deve definir a data do julgamento em março de 2021

18.303

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Ajuris (Divulgação)
Magistrada é natural de Erechim

A juíza Taís Culau de Barros, responsável por presidir o júri dos quatro réus que respondem criminalmente pelo incêndio da Boate Kiss, está em licença do cargo. De acordo com a assessoria do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre, a magistrada está nos Estados Unidos, onde cursa uma pós-graduação.  

Ela está sendo substituída pela juíza Cristiane Buzzato Zardo. O retorno está previsto para o dia 10 março. Ainda segundo informações da assessoria, só a partir daí deve ser marcada a data do julgamento da Kiss, já que é a titular define a pauta do tribunal do júri.

Taís de Barros nasceu em Erechim, mas tem uma distante relação com a Região Central por parte de pai. Ela é filha do farmacêutico e bioquímico José Francisco Puente de Barros, que é natural de Júlio de Castilhos e se formou em 1972 na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Estado e PRF lançam operações de reforço à fiscalização no RS

Conforme o site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), a magistrada foi designada diretora do Foro da Comarca de Carazinho em 2009 e diretora do Foro da Comarca de Sapucaia do Sul em 2015. Em abril de 2016, foi promovida para Porto Alegre como juíza substituta por antiguidade.

JÚRIS DE REPERCUSSÃO
Entre os júris de maior repercussão da carreira, estão o do ex-policial militar Alexandre Camargo Abe, acusado de matar o boxeador Tairone Luis Silveira da Silva, então com 17 anos, em março de 2011 em Osório. O PM teria cometido o crime por desaprovar reuniões de amigos do boxeador próximo a sua casa. O júri foi em setembro do ano passado. O ex-PM foi condenado a 22 anos de prisão. Cabe recurso à sentença. 

Também no ano passado, a magistrada presidiu a sessão de julgamento de Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, e Erick Brum Paz, acusados de participar da morte do traficante Cristiano Souza da Fonseca, conhecido como Teréu, em maio de 2015, no refeitório da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Maradona foi condenado a 27 anos de reclusão e Paz, a 15 anos e quatro meses.

Em 2017, a juíza Taís Culau de Barros conduziu o júri com duração de dois dias do bioquímico Ênio Carnetti, considerado culpado pela morte da esposa e do filho. Carnetti foi sentenciado a 54 anos e oito meses.

Jovem é indiciado por matar idoso com golpe de enxada

ANULAÇÃO 
Em maio de 2016, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça anulou uma audiência realizada pela magistrada em agosto de 2015, na 1ª Vara Criminal de Sapucaia do Sul. A decisão foi uma resposta ao pedido da defesa do réu, acusado de receptação por ter comprado uma motocicleta roubada no município em julho de 2013.  

O motivo seria uma suposta posição pessoal de Taís de Barros em uma decisão. Conforme o recurso da defesa do réu, a magistrada teria dito escrito que "felizmente, a tese defensiva não prosperava". Na ocasião, a desembargadora Jucelana Lurdes Pereira dos Santos votou contra a nulidade. No entanto, o relator, José Conrado Kurtz de Souza, e os desembargadores Carlos Alberto Etcheverry votaram a favor da anulação da sentença.

Conforme os desembargadores, "o inequívoco sentimento íntimo de felicidade pela ausência de robustez da versão defensiva, revelou, seja involuntária, seja inconscientemente, sua impossibilidade de julgar a causa, dado que ela própria evidenciou sua inclinação psicológico-afetiva ab initio para a tese acusatória".


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Motorista fica ferido após acidente em Santiago Anterior

Motorista fica ferido após acidente em Santiago

Próximo

Definida a juíza responsável pelo processo da Kiss em Porto Alegre

LEIA MAIS
Polícia/Segurança