são joão do polêsine

Inquérito que apura assassinato de freira já teve mais de 10 depoimentos

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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Divulgação (Polícia Civil)
Corpo da freira Maria Ana Dal Santo foi encontrado em uma residência na localidade de Linha da Glória, interior de São João do Polêsine

A Polícia Civil já ouviu mais de 10 pessoas no inquérito que apura a autoria e a motivação do assassinato da freira Maria Ana Dal Santo, 79 anos. O crime, que causou comoção na comunidade de São João do Polêsine, aconteceu no último domingo em uma residência na localidade de Linha da Glória, interior do município da 4ª Colônia de Imigração Italiana, com 2,7 mil habitantes. O corpo de Maria Ana Dal Santo foi sepultada na manhã da última segunda-feira no cemitério do Distrito de Vale Vêneto. Ela era nascida em São João do Polêsine.

A religiosa foi morta com um golpe de objeto cortante na nuca. A principal linha de investigação da Polícia Civil é de que ela tenha sido vítima de homicídio. O corpo de Maria Ana Dal Santo foi encontrado pela irmã Rosa Isabel Dênis, coordenadora da Casa de Retiros da Congregação do Imaculado Coração de Maria. A vítima estava sozinha na residência da irmã quando foi assassinada. 

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A freira, que morava em Iporã (PR), estava de passagem por São João do Polêsine. Ela cuidava da irmã que está internada em um lar de idosos em Paraíso do Sul. Maria Ana Dal Santo retornaria na última segunda-feira para o Paraná.  

- Já colhemos o depoimento da irmã Rosa Isabel, que foi quem encontrou o corpo da religiosa, e outras dez pessoas, como moradores do entorno da residência onde aconteceu o assassinato e pessoas próximas à vítima. Estamos trabalhando para apurar a motivação do crime - disse o delegado Regional de Polícia Civil, Sandro Meinerz. 

Segundo ele, a hipótese de que a religiosa tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) perde força, à medida em que não foram levados da casa pertences da vítima. Em cima da mesa da sala estavam o celular da freira e uma bolsa com R$ 6 mil em dinheiro. Mais pessoas ainda serão ouvidas dentro do inquérito.  

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">64 ANOS DEDICADOS À RELIGIÃO 

Nascida no dia 6 de agosto de 1941 em Restinga Sêca, Maria Ana ingressou na vida religiosa aos 14 anos em uma congregação na cidade de Rio Pardo. Desde 1977, Maria Ana se dedicou à escola em Iporã (PR), onde comemorou datas importantes como a celebração dos 25 e 50 anos de vida religiosa. Ao todo, foram 64 anos dedicados à religião.

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AMOR PELOS ANIMAIS E PLANTAS 

Conforme as irmãs da escola de Iporã, a idosa era uma pessoa que tinha uma imensa simplicidade. Apaixonada pelos animais, ao fundo da escola as irmãs têm uma chácara, onde plantam e cuidam dos animais, tarefa que era uma das preferidas de Maria Ana. .

NOTA DA CONGREGAÇÃO 

Por meio de nota, a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria se manifestou sobre a morte de Maria Ana Dal Santo. A ordem religiosa classificou a morte da freira como "um crime brutal" e que a congregação "desconhece a existência de desafetos da freira". Confira, abaixo, a nota.

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Queridas Irmãs do Imaculado Coração de Maria, parentes e amigos, notifico que a Irmã Maria Ana Dal Santo foi encontrada morta na tarde do domingo 17/01/2021, pela Irmã Rosa Isabel. De acordo com o laudo pericial, sua morte foi por degolamento, com golpes deferidos na nuca pegando a região do pescoço. Na segunda-feira, 18/01, realizou-se o ato fúnebre coroado com a celebração Eucarística na Igreja Matriz de Vale Vêneto, local de seu sepultamento. 

Ir. Ana estava na localidade de Linha da Glória, interior do município de São João do Polêsine, sua terra natal, porém morava em Iporã, no Paraná, onde realizava sua missão na Escola Nossa Senhora Aparecida. Ela estava em casa de sua irmã Malvina Dal Santo, auxiliando-a, pois a mesma está internada em uma clínica na cidade de Paraíso do Sul. 

Não conhecemos nenhum desafeto da Irmã nessa região, portanto, não sabemos o motivo que ocasionou sua morte. No momento, aguardamos as investigações da polícia para que possamos conhecer a realidade no seu conjunto. Somente após encontrar com a Irmã Rosa, testemunha primeira, nos foi possível dar informações. Acontecimentos como esse, envolvendo a polícia, se faz necessário resguardar especulações, comentários inoportunos e falta de conhecimento dos fatos. 

Agradecemos as orações, sintonia, a solidariedade com a Congregação, e sobretudo com a Comunidade das Irmãs em Iporã/PR, nesse momento de dor, indignação, sofrimento, porém, de esperança na ressurreição do Senhor. Nossa consolação está na nossa fé, a Trindade Santa é a nossa morada. Um abraço. 

Irmã Maria Freire da Silva
Diretora Geral
Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria

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