educação

FOTOS: meninos do Case ministram curso de origami na Feira do Livro

João Pedro Lamas

Fotos: Universidade Federal de Santa Maria (Arquivo Diário)

Os meninos que cumprem medida socioeducativa no Centro de Atendimento Socieducativo (Case) de Santa Maria vão ministrar uma oficina de "origami 3D" na Feira do Livro, que começa nesta sexta-feira, na Praça Saldanha Marinho.

De acordo com a professora Jane Schumacher, pedagoga do Departamento de Metodologia do Ensino da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e responsável pelo projeto, os adolescentes elaboram peças de papel e fazem a montagem do origami com elas. A técnica é chamada de "block folding" ou "origami 3D".

- Nós tomamos conhecimento de que os meninos vinham fazendo desde sempre esse trabalho. Que era passado de "geração em geração" dentro do Case, mas ninguém sabe quem que ensinou primeiro. Quando eles nos mostraram, vimos que as peças que montavam eram verdadeiras obras de arte, e que eles tinham muito orgulho do que faziam. Isso precisava ser mostrado - conta a professora.

Desde setembro passado, junto de alunos, a professora Jane coordena o projeto "Leitura através do funk", que é vinculado ao Observatório de Direitos Humanos da UFSM. A ideia era que a universidade se aproximasse desses meninos de forma que pudesse auxiliar, por meio de projetos de extensão, nos seus processos de ressocialização.

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- Eles têm uma leitura específica da realidade. Uma realidade da periferia, que onde a gente vive é carente de muita coisa: saúde, educação e segurança, por exemplo. Na maioria das vezes, é por isso que acabam caindo no mundo do crime. E essa leitura que eles têm perpassa o funk. A música do funk mesmo. E foi por meio do projeto que a gente pode conhecê-los um pouco mais, ao ponto de eles nos falarem desse trabalho de dobradura de papel. Agora, eles têm a oportunidade de ir até a praça, naquele que é um dos maiores eventos culturais da cidade, para ensinar outras pessoas, serem reconhecidos. Isso é importante, desenvolve perspectiva e dá esperança - afirma a professora.

Ela relata que as esculturas de papel, quando prontas, eram dadas de presente para seus amigos e familiares. Ou para quem quisessem. A professora Jana e seus alunos foram presenteados. E a equipe do projeto de extensão queria que esses meninos tivessem a oportunidade de mostrar o seu trabalho para outras pessoas, e que fossem valorizados por isso. Foi então que surgiu a ideia de eles ministrarem uma oficina na praça.

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