Em operação contra o tráfico de drogas, Polícia Civil prende 16 pessoas em Santa Maria e Porto Alegre

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Fiesta, que teve como alvo um grupo criminoso especializado no tráfico de drogas em Santa Maria e Porto Alegre. A ação cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão nas duas cidades. No total, 16 suspeitos foram presos. 

Mais de 70 policiais participaram da ofensiva, coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Maria.

Segundo a investigação, que já se estendia há quatro meses, o grupo vinha atuando na região desde 2004. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidas armas, drogas e dinheiro, confirmando as suspeitas apuradas ao longo do inquérito.

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Delegado regional, Sandro Meinerz destacou a importância da operação.

— A ação foi exitosa porque permitiu cumprir nove mandados de prisão preventiva e efetuar sete prisões em flagrante decorrentes das buscas aqui em Santa Maria. Foram apreendidos armas, drogas e dinheiro, materializando tudo aquilo que a investigação da Draco já havia indicado -– afirmou o delegado.

Um dos líderes da quadrilha foi preso em Porto Alegre, quando chegava a uma academia. Conforme a Polícia Civil, os integrantes atuavam em esquema hierárquico, com distribuidores que abasteciam pontos de venda e responsáveis diretos pela comercialização.

Titular da Draco, o delegado André Diefenbach detalhou como o grupo atuava na cidade:

 — Eles funcionavam como a maioria das organizações. Têm pontos de venda, trabalhadores nesses locais e distribuidores que abastecem os pontos. Os presos de hoje são pessoas que controlavam esses pontos, verdadeiros gerentes do tráfico. O líder capturado em Porto Alegre era uma das principais referências dessa organização:

A investigação também identificou que o tráfico sustentava outros crimes na cidade. Em algumas residências, os policiais encontraram objetos oriundos de furtos, trocados por drogas.

 — Isso mostra que os criminosos, além de atuarem no tráfico, são receptadores. O tráfico é o motor da criminalidade atual: gera furtos para sustentar o vício, fomenta roubos, tráfico de armas e até homicídios por disputa de território — afirmou Diefenbach.

A Operação Fiesta terá desdobramentos.

 — Esse grupo atuava há muito tempo em Santa Maria. O trabalho não termina aqui. As prisões de hoje vão permitir ampliar a análise sobre outros contatos e pessoas envolvidas — completou Meinerz.

A ação faz parte de uma série de operações realizadas na região com foco em desarticular organizações criminosas e reduzir a violência e tráfico de drogas.