Dono de rede de farmácias é preso em operação contra corrupção; caso envolve mais de R$ 1 bilhão em propina

Dono de rede de farmácias é preso em operação contra corrupção; caso envolve mais de R$ 1 bilhão em propina

Foto: Márcia Stival/Creative Commons

O empresário Sidney Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso nesta terça-feira (12) na Operação Ícaro, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Ele é um dos três alvos de mandados de prisão temporária que investigam um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários do Departamento de Fiscalização da Secretaria da Fazenda de São Paulo. A ação contou com apoio da Polícia Militar.

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Segundo o Ministério Público, Oliveira faria parte de um esquema para favorecer empresas do setor de varejo em troca de vantagens indevidas. Ele foi detido em uma casa no bairro Santa Isabel, na capital paulista.

Além dele, foram presos Artur Gomes da Silva Neto, fiscal da Secretaria da Fazenda apontado como principal operador do esquema, e Mario Otavio Gomes, executivo da rede Fast Shop. Segundo os investigadores, Neto facilitava pedidos de créditos tributários para empresas, indicando o caminho para que conseguissem as vantagens de forma ilícita. As investigações indicam que ele teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propina por meio de uma empresa registrada no nome da mãe.

As apurações também revelam que parte dessas vantagens era repassada mensalmente a partir dessa empresa. Os suspeitos podem responder por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.


Perfil empresarial e trajetória da Ultrafarma

Nascido em 1953 no interior do Paraná, Sidney Oliveira começou a trabalhar no comércio farmacêutico ainda na infância. Após experiências em redes como a Drogavida, que acabou vendendo devido à concorrência, fundou a Ultrafarma no ano 2000, pouco depois da regulamentação dos medicamentos genéricos no Brasil.

A rede se destacou por um modelo de negócios focado no comércio eletrônico e televendas, com poucas lojas físicas, oferecendo medicamentos com preços até 80% mais baixos que farmácias tradicionais. Em 2013, o faturamento foi de cerca de R$ 650 milhões; em 2018, chegou a R$ 800 milhões, empregando aproximadamente 1,5 mil pessoas, de acordo com o portal InfoMoney.

Reconhecido nacionalmente por protagonizar os comerciais da própria empresa, Oliveira construiu uma imagem pública associada diretamente à marca. A rede ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, e não há informações sobre possíveis mudanças nas operações ou na estratégia comercial.

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