prevenção

Barragem de Santa Maria terá sensores e sirene de alerta

Deni Zolin

Foto: Lauro Alves (Arquivo/Diário)
Centenas de famílias moram perto da barragem do DNOS, em Santa Maria

Diante dos rompimentos das barragens de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), uma pergunta fica em relação à  barragem do DNOS, em Santa Maria, que abastece a cidade com água. Afinal, ela traz risco aos moradores vizinhos, já que há centenas de casas próximas e abaixo dela?

O colunista Deni Zolin procurou a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e o Ministério Público Estadual, e ambos os órgãos informaram que laudo feito por uma empresa especializada, em 2016, apontou que o maciço da barragem do DNOS não tem problemas estruturais e, portanto, quase não oferece risco à população. O MP diz que o risco é muito menor do que em Brumadinho porque a barragem do DNOS só reserva água.

O superintendente regional da Corsan, José Esptein, fala das obras previstas para adequar a barragem às regras.

- Na época, foram entregues relatórios com algumas observações em relação à conservação da barragem, identificando que não havia nenhum tipo de patologia grave identificável que pudesse colaborar por um possível colapso e que não havia nenhum tipo de risco. O que restou para nós fazermos: foi definido que é preciso fazer o corte de grama e arbustos, e contratamos uma empresa que faz isso todos os meses. Agora, estamos preparando a licitação para elaboração de projeto executivo (projeto de engenharia), para contratação de instrumentação e solucionar uma patologia que tem no canal de dissipação, fora da barragem, abaixo do vertedouro. É uma patologia antiga e que está estabilizada e precisa de uma recuperação, pois houve uma erosão, mas é longe, fora da barragem - diz Esptein.

Homem morre ao cair do quarto andar em obra em Santa Maria

Segundo ele, neste 1º semestre a Corsan abrirá licitação para contratar uma empresa que vai desenvolver o projeto para a instalação de sensores de pressão na barragem, além de definir o plano de ação emergencial, o que inclui estudos de topografia para definir que bairros poderiam ser afetados em caso de rompimento e a instalação de sirenes para alertar moradores em caso de risco.

Depois que o projeto esteja pronto, será preciso ainda contratar a empresa que executará os serviços e instalar medidores e sirenes, além de fazer trabalho de prevenção com a comunidade, incluindo plano de evacuação. Por isso, ainda não há uma data de quando isso será feito.

Além disso, está previsto o plano de segurança da água da barragem do DNOS, num trabalho que é focado na segurança e qualidade da água. Para isso, a empresa Engevix começará, no 2º semestre, um levantamento de todo o entorno da represa, analisando os mananciais, áreas de ocupação e possíveis danos ambientais.

BARRAGEM BEM MAIOR QUE A CAPACIDADE REDUZ RISCOS
Epstein diz que a barragem do DNOS tem 82 hectares de área e capacidade para 3,8 milhões de metros cúbicos, quase três vezes menor que a que rompeu em Brumadinho. Apesar de a barragem do DNOS ser feita de argila, a estrutura do barramento é bem mais alta que a linha da água.

- A barragem, por ser dentro da cidade, foi superdimensionada, justamente pela localização dela, por ser de alto risco, não de rompimento, mas risco pela localização dela. Então, ela tem critérios de projeto bem rígidos. A barragem tem 8m90cm de altura água e uns 15 metros de altura do maciço (barragem). Então, tem de 6 a 7 metros de maciço sobrando, isso já dá uma garantia de estabilidade dela. E o vertedouro foi superdimensionado para as vazões. Então, o risco de ter um transbordamento da barragem é zero - disse.

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