Custo de vida

Inflação chega a 0,55% no mês de agosto em Santa Maria

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O Laboratório de Práticas Econômicas (Lape) do Cento Universitário Franciscano (Unifra) divulgou nesta quinta-feira a inflação oficial na cidade no mês de agosto. O Índice do Custo de Vida em Santa Maria (ICVSM) teve variação de 0,55%, chegando ao patamar de 7,25% em 2015 e 9,13% nos últimos 12 meses. 

O percentual de agosto superou os meses de junho (0,34%) e julho (0,45%) e foi empurrado, principalmente, pela alta de preços no grupo da habitação, que variou 1,12%, com destaque para tintas, fios e material elétrico. Em segundo lugar, impactou negativamente o aumento com as despesas de saúde e cuidados pessoais (0,96%). Nessa categoria, os vilões foram analgésicos e antitérmicos, esmaltes e remédios oftalmológicos.

O segmento da alimentação, apesar de não ser o que mais impactou nos preços, também pesou no bolso (0,31%), em parte influenciado pelo reajuste da alimentação fora de casa. Contribuíram ainda para o resultado, as altas em itens como melancia (35,2%), salgadinhos (18%), bebidas destiladas (16,6%), repolho (+15,9%) e bergamota (+15%). Segundo o Lape, itens como melancia e bergamota tem alta explicada pela sazonalidade, enquanto os destilados estão repercutindo o anúncio do governo de mudança na tributação de bebidas alcoólicas, o que inclui também o vinho e cervejas.

Entre os produtos que mais baixaram de preço estão farinhas lácteas e achocolatados (-19%),  patê (-16,7%) e batata inglesa (-13%). Itens como arroz (-4,1%), feijão (-16,8%), a erva mate (-3,3%) e o tomate (-19,%) contriburiram para atenuar o custo com a cesta básica do santa-mariense.

Inflação oficial sobe, mas é menor do que em julho

Nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou a inflação oficial no país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o IPCA ficou em 0,22%, uma queda ante o percentual de julho, que foi de 0,62%. As quedas de preços das passagens aéreas, da batata-inglesa e do tomate foram as principais responsáveis pelo recuo da inflação.

Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, apesar da queda do ritmo da inflação, os preços continuam altos. De acordo com ela, apesar da redução da taxa (de 0,62% para 0,22%), os preços continuaram aumentando. Os custos com alimentos, por exemplo, subiram 10,65% em 12 meses e com a habitação, 17,55%. A inflação em 12 meses ficou em 9,53%, mostrando que o custo de vida ainda está elevado.

Entre os itens que estão pesando mais no bolso do consumidor brasileiro do que um ano atrás estão a energia elétrica, com inflação acumulada em 12 meses de 54,45%, e carnes, com alta de preços acumulada em um ano de 19,85%.

Entre as 13 regiões metropolitanas e capitais pesquisadas pelo IBGE, quatro estão com IPCA acumulado em mais de 10% no período de 12 meses: Curitiba (11,06%), Porto Alegre (10,34%), Goiânia (10,18%) e Campo Grande (10,17%).

 

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