O amor que agrega e o amor que deixa ir: experiências vivenciadas com o amor de nossos pais

Temos tanto a aprender com o amor nesta vida. O amor é muito mais que um sentimento, é uma ação que agrega e, muitas vezes deixa ir. A liberdade de quem o tem em sua vida, é demonstrada na simplicidade e complexidade do cotidiano. 


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Somos seres aprendizes diante da imensidão do amor. Amor tem cor; amor tem cheiro; amor tem texturas; amor tem sabor; amor tem formas, amor tem impressões; amor tem planos; amor tem tempos; amor tem dimensões; amor tem potência, amor tem vida e é vida e, quando morre, mesmo assim continua sendo amor, pois um dia foi e só se transforma em algo novo que fica na lembrança.


O amor maduro
O primeiro amor que experimentamos em nossas vidas, é o amor próprio, que nos é apresentado quando nascemos, em forma de cuidado e proteção. Quando crescemos, percebemos que este amor deve continuar a partir das nossas escolhas com o que fazemos conosco. 


Ter esta consciência, de que, o cuidado de si, é resultante e resultará neste amor, é uma das maneiras de assumirmos a responsabilidade sobre nossos modos de viver o auto amor em sua plenitude e seus resultados.


O amor de filhos
Quando nossos filhos nascem, um outro amor é capaz de ressignificar nosso primeiro amor. Passamos a compreender nossos pais e nos tornamos gratos e responsáveis diante de outras vidas. A tendência que temos, é de reproduzir o amor que recebemos e, assim o fazemos mesmo que não percebamos. Quando a criança que um dia fomos, foi amparada e amada, a fase adulta reverbera isso. 


Caso não tenhamos curado a nossa criança em seus laços afetivos, sempre é tempo, e um deles, sob o meu ponto de vista e experiência, é com as crianças que chamamos de filhos. Ao sermos responsáveis por nossos filhos, temos a chance de curar a nós mesmos quando nos pegamos tentando reproduzir algum comportamento que, por algum motivo tenha criado morada e memória em nossas vidas. 


Poder revisitar e mudar para transformar numa nova história, é um privilégio que temos diante de nossos filhos e diante da criança que um dia fomos.


Criando possibilidades de demonstrar o amor compreensivo
O convívio com meus pais, que hoje são idosos, foi sendo construído com muita fé, simplicidade, respeito e dedicação. Nos amores que nos constituem, hoje, tenho a oportunidade de viver este amor de cuidado, entrega e compreensão.


A vida nos ensina amar e o amor nos ensina viver. Quantos aprendizados temos a oportunidade de ter, quando nossos pais, em suas velhices, tornam-se nossos filhos. A vida nos dá a chance de consertarmos tudo aquilo que julgamos ter sido falho no processo de criação, dentro das condições que eles melhor tiveram para nos oferecer. Hoje, com tantos recursos, o que mais carece, por incrível que pareça, é o tempo do amar. Um amar pautado no cuidado, na empatia e na paciência. Quando você tiver a oportunidade de ter seus pais, no cuidado, como filhos, ame incondicionalmente como gostaria de ter sido amado.

 
Quando promovemos um encontro das nossas crianças que um dia foram cuidadas pelos nossos pais, com as crianças que eles voltam a hoje ser, brinque, cuide, aproveite, seja leve, viva o tempo que lhes têm, mas principalmente, ame incondicionalmente a criança que eles tornam a clamar por atenção.


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Daniela Minello

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