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Tecnologia e tradição marcam os 50 anos da Base Aérea de Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário)

Quem mora em Santa Maria já está acostumado ao vaivém de aviões e helicópteros. Há 50 anos, aeronaves militares sobrevoam o céu da Região Central, carregando tecnologias e tradições. Essa data significativa será comemorada hoje, na Base Aérea de Santa Maria (Basm) - a Sentinela Alada dos Pampas.

Tudo começou com a criação de uma área de pouso para aeronaves do Exército Brasileiro, em 1921, em apoio às atividades nos campos de instrução. A partir daí, tem início a construção do Aeródromo, nos anos de 1940. Mais tarde, já em 1970, a Base Aérea de Santa Maria é oficialmente criada por decreto presidencial. Mas a inauguração ocorreu em 15 de outubro de 1971.

Desde então, a Base Aérea tem recebido investimentos que a colocam, hoje, em situação de destaque no cenário nacional no quesito operacional. O atual comandante, coronel aviador Wilson Paulo Corrêa Marques, reforça a importância da unidade para a Força Aérea Brasileira:

- Carregamos o peso de ser uma base operacional e de alta eficiência, o que torna a Basm uma grande unidade de exercício do Ministério da Defesa.


ESTRUTURA

Com recentes trocas nas denominações, algumas pessoas ainda tentam entender a diferente entre a Base Aérea de Santa Maria e a Ala 4. A Basm presta serviços para as unidades operacionais e de aeronáutica sediadas ou em trânsito. Ou seja, é responsável pela área administrativa, como execução financeira dos recursos, apoio de rancho, hospedagem, logística, de saúde, entre outros.

Já a Ala 4 compreende os esquadrões aéreos, o grupo logístico e o Esquadrão de Segurança e Defesa, que são a ponta da lança da Força Aérea na região sul do Brasil. Atualmente, cerca de 1,5 mil militares - entre homens e mulheres, soldados, graduados e oficiais - atuam em toda a estrutura da base.

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O coronel Wilson explica que a atuação dos esquadrões e dos militares ocorre em todo o território nacional.

- Nossos helicópteros são empregados em serviços de busca e resgate em toda a região sul do país, inclusive em alto mar. Além disso, nosso efetivo tem atuado no combate às queimadas no Pantanal e com ações de vacinação na Amazônia. Já os grupos de caça e reconhecimento trabalham na cobertura das fronteiras e no controle do espaço aéreo - ressalta o comandante.

Com o emprego das modernas Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), os militares da Basm prestam apoio a grandes eventos, como a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016; assim como a operações policiais e a ações de combate a desmatamentos e ao tráfico de drogas.

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PARCERIAS

Nesses 50 anos, a Base Aérea de Santa Maria desenvolveu fortes relações com outros segmentos da comunidade. A presença de unidades do Exército e de instituições de Ensino Superior, como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), permite desenvolver projetos em diferentes áreas.

Um exemplo é a usina de energia fotovoltaica instalada na Basm em parceria com a UFSM. Esta é a primeira base aérea da FAB com esse tipo de energia, permitindo uma redução de até 9% nos custos finais.

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- Temos militares fazendo mestrado e doutorado nas instituições locais, promovendo pesquisa e desenvolvimento. A Base Aérea é mais do que paredes, é mais do que aeronaves. É um grupo de profissionais movido pelo amor à terra e às tradições do povo gaúcho - finaliza o coronel Wilson.

Primeira turma de soldados teve o desafio de construir a história

Aos 69 anos, o suboficial reformado Antonio Roberto Pereira dos Santos guarda as lembranças de quem viu a Base Aérea de Santa Maria nascer. Ele fez parte da primeira turma de soldados convocados a nova unidade da FAB.

- Nossa formação começou em Canoas. Fomos selecionados a partir do excesso de contingente no alistamento para o Exército. Nossa turma era formada por 120 jovens de Santa Maria, Restinga Sêca, Júlio de Castilhos e São Pedro do Sul - conta.

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Em 1971, com 19 anos e a experiência de ter trabalhado como contínuo em uma agência bancária, o militar foi designado para atuar na área administrativa. O então soldado Roberto era responsável por trabalhar na área financeira da nova base aérea.

- Trabalhávamos muito, pois era tudo manual. O dinheiro entrava, e tínhamos prazo para aplicar a verba. Também tinha o desafio pessoal. Nós não tínhamos nada. Não podia perder nenhuma peça do fardamento porque não tinha onde comprar - relata.

Ex-comandante fala de ações e lembranças

Para o brigadeiro David Almeida Alcoforado, que hoje atua no Estados Unidos, a passagem pela Base Aérea de Santa Maria tem lembranças pessoais e históricas.

- Me enche de orgulho falar da Basm, onde passei 10 anos de minha vida, entre idas e vindas. Essa foi minha primeira unidade, onde cheguei como 2º tenente, em janeiro de 1991, no Esquadrão Centauro. Mais tarde, vim a comandar a base aérea. É uma relação muito forte - destaca.

O oficial esteve à frente da Basm nos anos de 2012 e 2013. Desse período, lembra o árduo trabalho desencadeado com o incêndio da boate Kiss, em que a FAB prestou apoio com equipes de bombeiros e transporte de vítimas. De outro lado, lembra das ações com a comunidade por meio do Programa Forças no Esporte (Profesp) e a reativação da linha aérea comercial.

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