Foto: Pedro Piegas e Gabriel Haesbaert (Arquivo/Diário)
A pouco mais de um ano das eleições (ou do nome que se dê ao processo), surgiu a primeira chapa para disputar a reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Com a decisão do atual reitor, Luciano Schuch, de não concorrer à reeleição por motivos pessoais, foram indicados os nomes de Martha Adaime e de Tiago Marchesan para os cargos de reitor e vice-reitor, respectivamente.
A atual vice-reitora surge como candidata da situação, mas não será unanimidade entre os integrantes da atual administração da UFSM. Dos cerca de 10 participantes da reunião de segunda-feira (22), nem todos aprovaram a indicação, podendo haver, inclusive, afastamentos, imediatamente ou não, por parte de alguns integrantes do comando da instituição.
Nomes novos, de antigos concorrentes e até mesmo de ex-dirigentes, já começam a ser levantados. Com Luciano, o quadro seria um, sem ele, o flanco fica aberto para outras possibilidades.
Coma o morango
Alexandre Rangel, no livro “O que podemos aprender com os gansos”, diz que uma pessoa estava caindo num barranco e se agarrou às raízes de uma árvore. No alto do barranco havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso rosnava, babava e mostrava os dentes. Embaixo, prontas para engoli-lo quando caísse, estavam nada menos que seis onças. As onças embaixo, o urso em cima.
Sentindo-se perdido, o homem olhou para o lado e viu um morango vermelho, lindo. Num esforço supremo, sustentou-se apenas com a mão direita, e com a esquerda, pegou o morango. Então, levou-o à boca e deliciou-se com o sabor doce e suculento da fruta. Foi um prazer supremo comer aquele morango.
Aí, você pergunta: “Mas, e o urso?”. Ora, dane-se o urso e coma o morango! “E as onças ?”. Esqueça as onças e coma o morango! Sempre existirão ursos querendo nos devorar a cabeça e onças prontas para arrancar nossos pés.
Ainda assim, precisamos saber sempre comer morangos. Você pode até dizer: “mas eu tenho tantos problemas para resolver...” Os problemas, no entanto, não impedem ninguém de aproveitar os momentos felizes que a vida sempre oferece, seja na empresa, na vida pessoal, ou até mesmo nas dificuldades, nas provações e nas situações mais delicadas ou dolorosas.
Coma o morango. Pode não haver outra oportunidade como essa. Saboreie os bons momentos, alegre-se, permita-se sorrir, falar com as flores do seu jardim, e com o jardineiro, com a borboleta que vem fazer morada na sua janela, abençoe quem cruzar por você, mesmo que este alguém nem perceba e nem saiba quem você é.
Saboreie os bons momentos, não os deixe para depois. O melhor momento da sua existência é agora. E o agora pode ser o mapa da mina. Acredite, o pote de ouro existe no final do arco-íris, mas não é ele seu maior tesouro, e sim o caminho para chegar até lá. No momento certo você chegará. Agora ou depois.
Tempo de partida
Uma partida, sem mudar de partido. É o resumo do momento vivido pelo agora ex-vereador Ricardo Lovatto Blattes (PT), depois da “Carta de Renúncia” encaminhada ao presidente Manoel Badke, da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Ricardo Blattes optou por continuar atuando em Brasília, manifestando mais uma vez, no comunicado, sua fidelidade ao presidente Lula e ao ministro Paulo Pimenta.
Seus votos serão disputados pelos atuais vereadores e por outras candidaturas. Cada voto tem uma radiografia e uma geografia, mas isso é só uma parte da busca.
Sem vagas e sem transporte escolar
Pais e mães de estudantes da Escola Municipal Rejane Garcia, Vila Severo, reclamam, e clamam, por uma solução para a falta de transporte escolar. Segundo eles, a prefeitura de Santa Maria prometeu, mas ainda não resolveu o problema, deixando 15 alunos do Passo das Tropas sem poder estudar. Sem vagas mais perto, e sem transporte, o prejuízo é muito grande.
Entre a lei e a justiça
Mais uma vez o governo do Estado obteve ganho de causa na disputa judicial com os prestadores de serviço do IPE Saúde. É senso comum que lei se cumpre, não se discute, a não ser nas instâncias competentes. A grande preocupação continua sendo com a parte mais prejudicada, que é o beneficiário.
As decisões mais recentes até poderão salvar o IPE e o Estado, mas quem salvará os prestadores de serviço e os usuários, que para serem atendidos precisarão ser acometidos de doenças graves, incidentes ou acidentes que os coloquem na fila das urgências e das emergências? Exemplos existem as centenas, milhares talvez.
Entre tantas manifestações, destaco um pequeno trecho do desabafo do tenente da Reserva da Brigada Militar, Almir de Ávila: “mesmo pagando o IPE há 40 anos, nós aposentados sofremos um aumento de mais de 100%... além de pagar o Pames, que é um plano de saúde dentro do IPE. Já que estamos pagando e não estamos recebendo o atendimento, o governador não teria que ser responsabilizado judicialmente?”.
Há até quem fale em instalar uma CPI, para que se possa abrir todas as gavetas, ver ou rever compromissos assumidos. Tudo que couber nos arcabouços jurídicos ou nos instrumentos democráticos pode ser ventilado, e por aí se buscar o melhor remédio para um problema que está ameaçando a saúde de muita gente.
“Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo”. (Marcos, 13:33)
A vida continua, nesta e em outras dimensões!
