Ronie Gabbi

Qual o nível de maturidade da sua equipe?

No último dia 12, fiz uma postagem nas redes sociais falando sobre a maturidade das equipes de trabalho. Sem dúvidas, nos últimos meses, foi a postagem que mais recebi feedbacks e indagações em mensagens online quanto presencialmente durante as intervenções de mentoria com líderes.

 
A maioria das indagações posteriores versa sobre como identificar a maturidade da equipe e como o líder deve se portar diante de tal quadro de maturidade. A maturidade profissional mostra a capacidade da equipe em lidar com as demandas diárias e, principalmente, com determinadas situações, na maioria delas inesperadas, e que causam uma certa pressão na equipe.

 
Espero contribuir um pouco mais com o tema.


Critérios para identificar o grau

  • O grau de maturidade da equipe de liderados é identificado pelo líder através de alguns critérios de análise que ele faz sobre a equipe. Veja um exemplo de um conjunto de critérios que pode ser usado nessa identificação:
  • Conhecimento técnico sobre o assunto: este critério está relacionado diretamente com o quanto a equipe sabe tecnicamente sobre a empresa, cultura, mercado, produto(s) e serviço(s) que trabalha, processos, estrutura disponível, conhecimento e tecnologia usada;
  • Capacidade de execução das tarefas: diz respeito à habilidade de realizar da equipe. Não basta conhecer tecnicamente, é necessário por em prática, saber fazer e fazer realmente;
  • Disposição para aprender novos temas: o quanto a equipe está aberta para aprender novos temas, novos assuntos. Quanto mais aberta a mente, maior o nível de maturidade;
  • Capacidade de iniciativa: uma equipe que espera sempre a posição do líder para agir, demonstra baixo nível de maturidade;
  • Equilíbrio emocional: capacidade de lidar com as situações de pressão do dia a dia, como escassez de tempo, necessidade de mudança contínua, metas, gestão de conflitos e calibração dos interesses individuais. Essas são situações que requerem muito equilíbrio emocional: quanto maior o equilíbrio, maior a maturidade da equipe.


​Como ser um líder que constrói maturidade na equipe?

  • Sobre esse tema, os autores Paul Hersey e Ken Blanchard, organizaram a maturidade de uma equipe em quatro estágios: M1, M2, M3 e M4.  
  • M1 é um estágio inicial, quando as pessoas não sabem ou não querem fazer as tarefas, normalmente são os novos colaboradores, aqueles que ainda não conhecem direito as tarefas e, portanto, estão inseguros para executar. No estágio M1, líder é aquele que dá a direção, mostrando as restrições, calibrando o que é e o que não é permitido, predominando a liderança autocrática com pitadas generosas de liderança treinadora.
  • M2 é o segundo estágio, quando as pessoas ainda não sabem plenamente as tarefas, mas querem fazer, procuram aprender como fazer e, aqui, entra em cena a personalidade do líder treinador, aquele que planeja o erro da equipe, o tolera e ensina a partir dele.
  • M3 representa o estágio de rebeldia, aquele que a equipe sabe fazer, mas não faz, não quer fazer. Nesse momento, entra em cena um líder inspirador, aquele capaz de construir um propósito, capaz de conectar as pessoas, fazendo com que despertem para a vida. Entra em cena um líder capaz de ter conversas difíceis com o objetivo de mobilizar a equipe para o resultado. Entra em cena o estilo de liderança situacional que depende basicamente da maturidade do líder e de sua capacidade de entender os motivos daquela situação e, então, invocar o estilo certo de liderança: autocrática, democrática ou treinadora.
  • M4 é o sonho de todo líder, quando a equipe sabe e quer fazer, quando existe inspiração e busca pela melhoria contínua. Neste estágio, o líder invoca a liderança democrática, às vezes até liberal, transferindo para a equipe toda a decisão de como cumprir da melhor forma os objetivos. Importante saber que este estágio não é permanente, assim como os anteriores. O líder deve estar atento que, apesar do conhecimento técnico adquirido não se perder, a postura e o conjunto comportamental da equipe oscilam conforme a situação e os acontecimentos do contexto. Por isso, o líder deve ser vigilante para que possa agir no momento certo para estabilizar a equipe, pois ela vai oscilar, e proporcionar a evolução constante de maturidade.

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