Meio ambiente

Coleta Seletiva chega a recolher 31 toneladas de lixo por mês em Cruz Alta

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo pessoal
Thiago Nascimento é um dos motoristas do sistema de coleta que percorre 44 bairros da cidade

Mais cuidado com o meio ambiente e melhores condições de trabalho e renda para os catadores. Esses são os resultados da Coleta Seletiva em Cruz Alta, sistema que foi implantado em 2017 e, após três anos, cobre 44 bairros, o que representa 70% das moradias da cidade. 

A iniciativa é uma parceria da prefeitura com a Universidade de Cruz Alta (UniCruz). Desde 2006, a instituição de ensino tem projetos que movimentam grupos que trabalham com materiais recicláveis. 

Motorista e coletores, com três caminhões para a demanda, fazem, durante a semana, o recolhimento de porta em porta. Eles pegam itens como latinhas, garrafas pets, caixas, embalagens de alimentos, além de produtos de limpeza, revistas, jornais. 

De acordo com o coordenador de meio ambiente de Cruz Alta, Diones da Silveira Biagini, por mês, são reunidas cerca de 31 toneladas de material, que são destinadas para quatro associações, localizadas nos bairros Acelino Flores, Jardim Primavera, Planalto e Dos Funcionários. Ao todo, aproximadamente 100 famílias são abrangidas pelas associações. 

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- O motorista e os catadores conversam com a dona de casa, por exemplo, explicando quais materiais devem ser destinados para a Coleta Seletiva. Durante a ação, eles explicam o que aquele "lixo" pode significar para a renda das famílias deles. Também é importante lembrar que o material não se mistura com o orgânico, como no contêiner - diz Biagini.

PROFISSIONALIZAÇÃO
Os caminhões pertencem à UniCruz. Os três motoristas e cinco coletores que trabalham no projeto Profissão Catador, formalizado pela universidade em 2011, possuem carteira assinada. É através deste projeto, vinculado à Incubadora e Aceleradora Tecnológica de Negócios Sociais da Unicruz (Inatecsocial), que a Coleta Seletiva é viabilizada. 

Thiago Dias do Nascimento, 29 anos, começou a trabalhar ainda nos galpões de uma associação, separando os recicláveis e, atualmente, é motorista. 

Na opinião dele, o Profissão Catador, da UniCruz, proporciona maior qualidade de vida para os trabalhadores. Segundo Nascimento, a Coleta Seletiva aumentou a quantidade de produtos que é enviada para os recicladores, fato que "engorda" a renda de todos. 

- Quando comecei, tinha uma renda que variava entre R$ 250 e R$ 500 mensais. De catador, consegui a habilitação, e passei a ser motorista. Tem meses que o pessoal das associações consegue tirar R$ 1 mil cada um - alegra-se Nascimento. 

Muitas vezes, aquilo que para uma parte da sociedade não tem valor, serve como matéria-prima para um processo de transformação de vida. O Projeto Catador, aliado à Coleta Seletiva, significa oportunidades.

- Quem não tem muito estudo não consegue emprego. A Coleta Seletiva representa ampliação de horizontes para mim e os meus colegas - complementa ele. 

A prefeitura e a UniCruz assinaram um termo de fomento, que, em junho, foi renovado por mais seis meses. O repasse do poder público para a universidade é de R$ 49 mil, valor que serve para pagamento de combustível, equipe envolvida na iniciativa, manutenção dos veículos, compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e divulgação.

Dúvidas

  • Informações sobre a Coleta Seletiva e o projeto Profissão Catador podem ser obtidas pelo telefone (55) 3322-8400.

* Colaborou Rafael Favero

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