Mutirão em hospitais universitários para diminuir o tempo de espera em filas ocorre neste sábado

Anunciado na quarta-feira (2) pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação, o "Dia E" da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) ocorre neste sábado (5) em todos os hospitais universitários do país. A campanha prevê ampliar o atendimento e reduzir o tempo de espera na rede pública de saúde, a partir de mutirões de exames, consultas e procedimentos cirúrgicos.

​​+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp

O atendimento nos mutirões é destinado a pacientes já acompanhados pelos Hospitais Universitários e que atendam aos critérios de prioridade, ou que sejam encaminhados pela regulação municipal ou estadual.

​

Terceiro turno

Em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade (CDN 93.5 FM), o presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Gilberto Barichello, falou sobre a mobilização nacional. Além dos 45 hospitais universitários administrados pela Ebserh e vinculados ao Ministério da Educação, como o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), os mutirões serão realizados em toda a esfera pública federal de saúde. Esses atendimentos são integrados ao programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde.

– O presidente Lula exigiu que os 53 hospitais públicos federais, como o Grupo Hospitalar Conceição, mais os institutos nacionais vinculados ao Ministério da Saúde, trabalhem em terceiro turno, isto é, os hospitais terão que abrir também à noite, das 19h à 1h, para consultas, exames, cirurgias eletivas (e outros tratamentos), para reduzir o tempo de espera – explicou Barichello. Além do terceiro turno, o sábado será considerado dia útil, com atendimento a partir das 7h.

Diminuir o tempo de espera

Conforme o presidente da rede, o Grupo Hospitalar Conceição começou a proceder dessa maneira desde a quarta-feira (2). Segundo Barichello, mais de 1,6  mil cirurgias foram realizadas, e o tempo de espera de filas cirúrgicas internas do grupo diminuiu. Ele também afirma que o foco não é diminuir o tamanho da fila, visto que a necessidade de realizar cirurgias continua existindo.

– O foco é diminuir o tempo de espera que as pessoas ficam na fila. É atender as pessoas no tempo adequado e oportuno, para que a cirurgia eletiva não vire uma cirurgia de urgência e para que o problema de saúde não se agrave.

Barichello afirma também que hospitais privados que não atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou hospitais filantrópicos, como as Santas Casas, também poderão se habilitar para participar do programa Agora Tem Especialistas. As entidades que possuem dívidas com a União poderão abater cerca de 70% dos juros, multas e da correção monetária do total da dívida e pagar em 145 vezes. Para instituições que não possuem dívidas, há possibilidade de acesso a crédito, caso optem por aderir ao programa.

Em Santa Maria

Junto a Barichello, o vereador Sidi Cardoso (PT), integrante da comissão de saúde da Câmara de Vereadores, esteve presente no programa da Rádio CDN e avaliou previamente a ação, em relação às necessidades do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm):

– É uma demanda não só de Santa Maria, mas de toda a região. Ter o atendimento na atenção básica, a consulta com o especialista e, depois, o diagnóstico e a cirurgia. É uma fila de espera imensa em Santa Maria. Nosso atendimento no Husm é muito bom, mas as pessoas falam: "depois que entra é super bem atendido, mas até chegar na porta de entrada é uma demora". Diminuir esse tempo de espera é humanizar a saúde.

Confira a entrevista completa