data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Hospital de Caridade (Divulgação)
O cenário do coronavírus em Santa Maria levou as direções de cinco hospitais privados da cidade a uma reunião para discutir e planejar ações frente a um possível colapso. Na última semana, todos os leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 estavam ocupados na cidade. A situação piorou com a ocupação em alta de leitos de UTI comuns.
- Isso nos gerou um grande problema, porque, às vezes, tem pacientes que estão na UTI Covid, já não são mais contaminantes e podem ser transferidos para outro leito, com segurança. Porém, não podíamos nem fazer isso - conta o diretor técnico do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, Luiz Gustavo Thomé.
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Segundo o diretor técnico do Hospital São Francisco de Assis, Daniel Barros, ficou acertado que, em uma situação emergencial, o São Francisco cederá cinco leitos não Covid para transferência de pacientes do Caridade.
- Hoje, temos 10 leitos de UTI no hospital. Podemos receber pacientes que não têm coronavírus, se necessário - afirma.
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Além de leitos, o auxílio dos hospitais também pode se dar de outras formas, como leitos clínicos e atendimentos ambulatoriais. Thomé defende também que não há como exigir atendimentos de UTI em hospitais que não têm condições de suportá-los:
- Cada hospital pode contribuir, mas sempre respeitando que tem hospitais que não tem estrutura para atender o paciente com Covid. Temos, praticamente, uma média de 100 pacientes por dia. Na terça, foram 109. Na segunda, 134. É um número extremamente elevado e que nos coloca em um problema de qualidade de atendimento para os pacientes, que estão angustiados.
Para ampliar a quantidade de UTIs, são necessários equipamentos como respiradores - o Hospital de Caridade tem à disposição 10 desses itens que serviriam para transformar leitos clínicos em UTI. Aliado à estrutura física, é necessário reforçar a equipe de profissionais. O Caridade já contratou 20 novos funcionários e deve ampliar esse número.
As direções do Hospital da Unimed, do Hospital Geral do Exército (HGeSM) e do Hospital da Brigada Militar (HBM/SM) também participaram da reunião.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Hospital Regional (Divulgação)
NO REGIONAL
O Hospital Regional de Santa Maria já conta com 10 novos leitos de UTI. Na terça-feira, os equipamentos como monitores, respiradores e bombas de infusão e camas hospitalares chegaram até o complexo, localizado na região oeste da cidade.
O anúncio já havia sido feito pela secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, no último dia 8, diante do aumento preocupante no número de hospitalizações em todo o Rio Grande do Sul. Com isso, o Regional passará a contar com 30 leitos de UTI e 40 leitos clínicos voltados exclusivamente ao enfrentamento da Covid-19.
10 MIL CASOS
Santa Maria ultrapassou a marca de 10 mil casos confirmados de coronavírus, e chegou a ter, na quarta-feira, 1.030 casos considerados ativos, que são pacientes que ainda podem transmitir a doença.O médico epidemiologista da Vigilância em Saúde Marcos Lobato explica que é o índice mais alto já registrado no município desde o início da pandemia. Com isso, o percentual de recuperados na cidade é de 88,6%.
PARA 2021
Com a apresentação do Plano Nacional de Operacionalização da vacina contra a Covid-19 pelo governo federal, a prefeitura de Santa Maria definiu os primeiros detalhes de como será a imunização na cidade. O método será o mesmo utilizado na vacinação contra o H1N1, em 2010, e que, no entendimento do Executivo, evita aglomerações. Ficou definido que a imunização ocorrerá em três turnos por dia: manhã, tarde e noite.
*Colaboraram Janaína Wille e Leonardo Catto