
Foto: Beto Albert (arquivo/Diário)
Em 2025, 15 de agosto será especial. A data alusiva à coroação de Nossa Senhora Medianeira como Rainha do Povo Gaúcho será feriado pela primeira vez na cidade e contará com uma série de atividades. Ao Diário, Quatrin revelou detalhes sobre a celebração, que deve contar com a presença de diversas autoridades de Santa Maria e região:
– Estamos ainda organizando a programação, mas uma coisa é certa: teremos uma missa solene às 18h do dia 15 de agosto e logo após, faremos o arqueamento das bandeiras dos 26 municípios que compõem a nossa Arquidiocese. Então, no caminho da entrada do Altar Monumento, teremos 26 mastros. Nesse dia, iremos abençoar os municípios aos pés da Mãe Medianeira, celebrando o dia da coroação. Certamente, naquela semana do dia 15, teremos várias festividades, culminando nesse dia especial.
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Ainda conforme Quatrin, a data promete ser um momento forte por conta do título concedido pelo papa Francisco em 2024 e pela possibilidade de receber mais fiéis.
– Sabemos que será feriado só em Santa Maria, mas estendemos o convite para todo o Estado e de modo especial para os municípios da Arquidiocese. Estamos mandando convite para as prefeituras para que participem deste dia e que possamos mostrar unidade em torno da Medianeira. O Santuário Basílica não é uma paróquia. Ele é o centro de evangelização e de fé da nossa Arquidiocese e porque não dizer do nosso Estado? Nossa expectativa é de que sempre venham mais pessoas nessas datas, tanto em maio, quanto em agosto e novembro por serem muito significativas na vida e história do nosso povo – comenta Quatrin.
Feriado
A transformação da data em feriado foi solicitada oficialmente pela Arquidiocese de Santa Maria, que encaminhou uma proposta à Câmara de Vereadores no dia 26 de agosto de 2024. Após ser protocolado, o projeto de lei (PL) 9.836/2024 foi analisado e aprovado no dia seguinte em sessão extraordinária, transformando-se na Lei 6.936/2024.
Em um ato simbólico no Salão Mater Dei, do Santuário Basílica, o documento foi sancionado pelo então prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) no dia 28 de agosto. A lei, que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano, prevê que bandeiras sejam hasteadas e cerimônias especiais sejam realizadas na cidade.
Vale lembrar que, com a aprovação da Lei 6.936/2024 e a revogação da Lei 5.557/2011, 8 de dezembro, que é o dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira de Santa Maria, deixou de ser feriado no Calendário Oficial de Eventos.
A transferência ocorreu devido às normas da Lei nacional 9.093/1995, que trata sobre o tema no Brasil. De acordo com o artigo 2 da legislação, “são feriados religiosos os dias de guarda, declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número não superior a quatro, neste incluída a Sexta-Feira da Paixão”.
Como Santa Maria já contava com duas datas fixas (17 de maio – Aniversário da cidade e 8 de dezembro) e duas móveis (Corpus Christi e Sexta-feira da paixão), tornou-se necessário fazer a transferência. Mesmo que não seja mais feriado, a Arquidiocese de Santa Maria reforça que as homenagens a Nossa Senhora Imaculada Conceição no dia 8 de dezembro não deixarão de ser realizadas.
Você sabia?
Além da coroação pontifícia, o dia 15 de agosto remete a outros marcos históricos da Arquidiocese de Santa Maria. Veja abaixo:
- Criação da Diocese de Santa Maria – Em 1910, o Papa São Pio X emitiu a Bula Praedecessorum Nostrorum, criando as dioceses de Santa Maria, Pelotas e Passo Fundo e elevando Porto Alegre à categoria de sede metropolitana. O documento papal também elevou a Igreja de São Francisco de Paula, em Pelotas, à dignidade de Catedral.
- Início da construção do Santuário – Em 1935, o 3º Bispo de Santa Maria, Dom Antônio Reis realizou a benção da pedra fundamental do Santuário da Medianeira, dando início a construção. O “Bispo da Medianeira”, como ficou conhecido, atuou na Diocese de Santa Maria de 1931 até 1960, ano em que veio a óbito.
- Inauguração oficial do Santuário – Em 1985, foi inaugurado oficialmente o Santuário da Medianeira. O ato contou com a presença de Dom Carlos Fumo, na época Núncio apostólico do Brasil, além de bispos gaúchos e demais autoridades