Foto: Jean Pimentel (Arquivo Diário)
Em maio de 1989, o educador físico João Carlos Cechella se tornou o primeiro transplantado de Santa Maria ao realizar um transplante de coração, em Porto Alegre. Quase 30 anos depois, o tema continua presente na vida do aposentado, através de palestras e bate-papos em escolas e universidades. Hoje, no Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, ele fala sobre a importância do tema ser abordado desde cedo.
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- Procuro fazer o meu trabalho individualizado, conversando com as pessoas. Quando você fala em escola, você fala para adolescentes e pessoas mais novas, que têm a cabeça mais aberta para refletir sobre isso. E o resultado, por incrível que pareça, é muito melhor e mais eficaz do que fazer uma panfletagem, por exemplo - comenta.
Atualmente, no Brasil, existem quase 33 mil pessoas que aguardam por uma doação de órgão, de acordo com a Fundação Pró-Rim. No Rio Grande do Sul, são 1.429 pessoas na lista de espera por um transplante, de acordo com a Central Estadual de Transplantes. De janeiro a julho deste ano, 404 transplantes de órgãos (rim, fígado, pulmão, coração e pâncreas) e 643 transplantes de tecidos (córnea, esclera, osso e pele) foram feitos no Estado.
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- O momento da decisão é o mais difícil para a família. Mas quem toma essa atitude de solidariedade pode salvar, no mínimo, oito vidas, por isso, é tão importante - declara Cechella.