Conforme a atualização feita pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (14), o Brasil já registrou 53 casos de febre maculosa no ano de 2023. Do número, foram confirmados oito óbitos. No entanto, ainda há dúvidas sobre como acontece a transmissão e o que fazer em casos de aparecimento dos sintomas.
No evento “Feijoada do Rosa” realizado no final de maio em Campinas, em São Paulo, três pessoas tiveram os exames confirmados para a doença e faleceram em 8 de junho. Duas mortes por febre maculosa foram confirmadas em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. Os números registrados com maior incidência são nas regiões Sudeste e Sul. Confira abaixo as principais recomendações feitas pelo Ministério da Saúde.
Como acontece a transmissão
A febre maculosa é conhecida como a doença do carrapato. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia transmitida pela picada do carrapato. Segundo autoridades da saúde, a recomendação é evitar áreas onde há circulação de animais hospedeiros do carrapato, como capivaras, bois e cavalos.
A doença não é contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.
Principais sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode demorar para se manifestar. Os principais sintomas são:
- Febre
- Dor muscular constante
- Manchas vermelhas na pele
- Dor de cabeça intensa
- Diarreia e dor abdominal
Como prevenir
A principal recomendação, além de evitar locais com a prevalência dos hospedeiros, é fazer o autoexame. Outras recomendações:
- Usar roupas claras
- Mangas e calças longas
- Calçado fechado
- Usar repelente
O tratamento
O principal tratamento é realizado com antibiótico. Caso apareçam sintomas, é preciso procurar atendimento médico. O Ministério da Saúde alerta que a demora no tratamento pode agravar o caso e levar à morte. O tratamento é iniciado antes mesmo do resultado positivo para a doença.
Como é feito o teste? Já tem vacina?
Existem quatro formas de descobrir a doença por meio de diagnósticos laboratoriais específicos:
- Reação de imunofluorescência indireta (RIFI): por coleta de sangue detectam presença de anticorpos contra a bactéria
- Exame de Imunohistoquímica: com biópsia de lesões na pele é possível detectar a bactéria em amostras de tecidos
- Técnicas de biologia molecular − reação em cadeia da polimerase (PCR): por amostras de sangue e tecido de biópsia detecta o material genético da bactéria.
- Isolamento da bactéria: é feito a partir do sangue ou de fragmentos de tecidos de pele e pulmão obtidos por biópsia ou de órgãos (pulmão, baço, fígado obtidos por necrópsia) ou além do carrapato retirado do paciente. A bactéria cresce em um meio de cultura
Ainda não há vacina para a febre maculosa.